Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

A Teologia precisa da intuição feminina

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

A Teologia precisa da intuição feminina

Pe. Adilson José Colombi

Aconteceu em Roma, organizado pelo Dicastério para a Cultura e a Educação no Palácio Apostólico Vaticano, o Congresso Internacional sobre o Futuro da Teologia. No dia 09 de dezembro de 2024, os participantes desse congresso participaram de uma audiência do Papa Francisco. Na ocasião, o Papa Francisco comparou a teologia à luz que faz “as coisas aparecerem, mas sem serem expostas”, pois faz “um trabalho escondido e humilde, de modo que a luz de Cristo e seu Evangelho possa emergir”.

Francisco deu um conselho a cada um dos teólogos presentes: “buscar a graça e permanecer na graça da amizade com Cristo, a verdadeira luz que veio a este mundo. Toda teologia nasce da amizade com Cristo e do amor por seus irmãos, suas irmãs, seu mundo; este mundo, dramático e magnífico ao mesmo tempo, cheio de dor, mas também de beleza comovente”.

O Papa Francisco lhes disse também que o desejo é que “a teologia ajude a repensar o pensamento”, uma vez que molda a maneira como pensamos, os sentimentos, a vontade e a tomada de decisões. “Ao ajudar a repensar o pensamento, a teologia voltará a brilhar como merece, na Igreja e nas Culturas, ajudando todos e cada um na busca da verdade”, concluiu o papa.

Na ocasião lhes disse: “Há coisas que só as mulheres intuem e a teologia precisa da sua contribuição”. E, acrescentou ainda que “uma teologia exclusivamente masculina é uma teologia incompleta”. Por isso, no seu entender ainda há um longo caminho a percorrer, nesse sentido

Recomendou aos participantes que é preciso: “Fazer a teologia acessível a todos”. Ele disse que a teologia tem que ser “acessível a todos”, especialmente porque “há alguns anos, em muitas partes do mundo, existe um interesse entre os adultos em retomar a sua formação, incluindo a formação acadêmica. Homens e mulheres, especialmente de meia-idade, talvez já formados, desejam aprofundar a sua fé, querem fazer um caminho, muitas vezes matriculam-se numa faculdade universitária”.

Francisco disse que se trata de um “fenômeno crescente” que relacionou com o fato de que na meia-idade, além de alcançar geralmente uma certa segurança e solidez emocional, “os fracassos são sentidos de forma mais dolorosa e como resultado surgem novas perguntas à medida que os sonhos da juventude desmoronam”.

“Nesta fase”, acrescentou, “é possível sentir uma sensação de abandono e, às vezes, a alma se bloqueia.  Sente-se a necessidade de retomar uma busca, talvez tateando, talvez sendo segurado pela mão, e a teologia é esta companheira de viagem! ”.

O Papa Francisco encorajou aqueles que procuram “encontrar na teologia uma casa aberta, um lugar onde possam retomar o caminho, onde possam procurar, encontrar e procurar novamente. Preparem-se para isso. Imaginem coisas novas nos programas de estudo para que a teologia seja acessível a todos”.

Achei interessante essa reflexão do Papa Francisco a respeito da ausência da intuição feminina na Teologia. Creio que é um fato a ser repensado e prestigiado. Certamente a Teologia só tem a ganhar. É um belo e salutar caminho a percorrer.

Você leitor (a) que já está nessa fase que o Papa Francisco se referiu já pensou em procurar um Curso de Teologia? Quem sabe lhe daria algum subsídio para vida, com conteúdo bastante diferente dos que você encontra no que é proposto por aí, por vários meios. É bom, às vezes, ousar, desde que essa ousadia seja fruto de reflexão e com critérios definidos. (CFr. ACIdigital, dia 09 d dezembro de 2024).

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