Charles Bukowski foi censurado inúmeras vezes por ter um vocabulário impróprio para a época em que escrevia, mas o fato é que as pessoas têm medo de ouvir verdades, e por isso a censuram.
Bukowski falava sobre prostitutas, sexo, drogas e bebida, isso tudo para se camuflar na imensa dor de estar sozinho. Foi casado e se separou pouco tempo depois por ser tão insuportável que afastava qualquer ser humano que ousasse permanecer em sua vida. Acreditava que o amor é somente para aqueles que aguentam sobrecarga psíquica, quando na verdade, metade dele era amor, e o resto era dor. Bukowski raramente estava sóbrio, e as pessoas insistiam em fazê-lo parar de beber. Que ironia, depois de foder, literalmente, o seu fígado, morreu de pneumonia.
Atualmente algumas pessoas ainda acham que Bukowski era apenas um velho safado e pervertido – todos sabemos que ele era – mas ele não era só isso. Ele era uma obra triste de alguém que era tão sozinho que tinha medo de si mesmo, e o único jeito de fugir disso era se trancando em seu quarto com bebidas e uma máquina de escrever. Ali sozinho ele escrevia seus poemas de forma a convencer todo mundo que ele era um pervertido que só queria foder. E realmente, ele fodeu todo o meu psicológico enquanto eu tentava desvendar esse homem, e tentava descobrir o porquê de sua obra me afetar tanto. Então, finalmente eu descobri.
Bukowski escrevia para fugir da morte.
E do suicídio.
Barbara Cristina Imhof – 19 anos – Design Gráfico (UNIFEBE)