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A vanguarda do atraso

Na semana passada, tive o desprazer de ouvir parte do horário político gratuito, que foi reservado ao Partido Comunista Brasileiro – PCB. Viver numa democracia exige muita paciência, e nada como ouvir um discurso comunista, a essas alturas da história, para exercitar essa virtude. O “partidão” repetiu a cantilena de sempre, aquelas ideias que pareciam inteligentes há cinquenta anos, mas que agora cheiram a mofo. O velho discurso contra a burguesia, o capitalismo e até contra o governo Dilma, que eles acusam de defender os banqueiros e empresários. Mas, com exceção dos empresários comprometidos com os esquemas de corrupção, é muito difícil encontrar uma empresa que tenha sido beneficiada pelo atual governo. Ademais, esse discurso de que os trabalhadores (leia-se: empregados) são os coitadinhos e os empresários os lobos vorazes exploradores só pode existir na mente de quem deixou o cérebro no formol há várias décadas. Sob inúmeros aspectos, é muito mais vantajoso ser empregado que patrão. Este precisa se virar na corda bamba para garantir o cumprimento de todas as obrigações trabalhistas e previdenciárias. Não foram poucos os que correram à rede bancária, no último mês, tentando, desesperadamente, garantir o pagamento do décimo terceiro dos seus funcionários. Os que, apesar de todos os reveses, continuam firmes, tocando seus negócios, conseguem garantir o salário e o sustento dos empregados, que raramente reconhecem esse esforço.
Mas, para os comunistas, os empresários não são “trabalhadores”, mas uma espécie de carrapato que se alimenta do sangue dos fracos e oprimidos. Francamente: ouvir esse tipo de conversa, em pleno 2016, é para arrebentar com a paciência de qualquer monge tibetano. Mas, em nome da democracia, nossos impostos pagam a gratuidade desse tipo de propaganda.
Na mesma semana, a Coreia do Norte, um dos últimos redutos comunistas do mundo, anunciou testes com a bomba de hidrogênio, imensamente mais destrutiva que a bomba atômica, o que provocou pânico na diplomacia mundial.
Pois bem: o comunismo pregado pelo PCB e assemelhados só leva a esse tipo de aberração. A Coreia do Norte é a herança peçonhenta do comunismo na União Soviética, da China, do Camboja e de tantos outros de triste memória: concentração de poder nas mãos de ditadores loucos, opressão desmesurada da população, ausência de liberdade e estupendo fracasso econômico. Cuba é a mesma coisa, com exceção do romantismo com que é tratada pela tosca imaginação da esquerda latino-americana e do poderio militar, que, graças a Deus, Fidel não tem, ao contrário do seu colega Kim-Jon-un, o ditador norte-coreano.
O comunismo é tão abjeto e perigoso quanto o Estado Islâmico. A existência desse tipo de ideias e práticas políticas nos dias de hoje demonstra o quanto o ser humano pode ser atrasado.