Abatedouro municipal deve entrar em operação até o final do mês em Botuverá
Segundo o prefeito, a inauguração depende ainda de licença ambiental da Fatma
Há mais de um ano, a prefeitura de Botuverá aguarda a expedição de licença ambiental para colocar em ação o abatedouro municipal. Construído no final do ano passado, o estabelecimento só depende do documento da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) para inaugurar. Segundo o prefeito de Botuverá, José Luiz Colombi, o Nene, a liberação será entregue pela Fatma nesta terça-feira, 11.
De posse do documento, a administração municipal pretende abrir as portas do abatedouro dentro de 15 dias. Durante esse período, questões como o valor que será cobrado pelos abates serão discutidas e decididas. O estabelecimento, localizado na rua Pedro Maestri, no Centro, tem 200 metros quadrados e atenderá cerca de 350 famílias criadoras de suínos e bovinos.
“A Fatma alega que não tem pessoal suficiente, por isso demora para expedir a licença. O local está todo equipado e tem uma estação de tratamento de água piloto. E está dentro das normas ambientais. Nada vai ser enterrado, tudo será congelado. Os dois funcionários que trabalharão lá vão buscar o animal na casa do agricultor. Depois o animal fica na mangueira e é abatido, a carne é cortada e resfriada e depois da inspeção municipal volta para o colono”, explica o prefeito.
Incentivar o agricultor e cuidar da higiene são os objetivos do funcionamento do abatedouro, segundo Nene. O prefeito diz que como nenhum colono do município possui estabelecimento especializado para abate, eles matam os animais em casa sem os cuidados e os instrumentos necessários.
“O nosso será o único abatedouro da região, e com ele vamos cuidar da higiene durante e depois do processo de abate e também vamos incentivar os agricultores a abrir uma nova renda, pois eles poderão vender as carnes para os três mercados do município, que poderão comercializar aqui”.
Antes de adquirido pela prefeitura, o abatedouro era particular, mas estava desativado. A administração municipal desembolsou cerca de R$ 200 mil pelo terreno e pelo estabelecimento. Durante quatro meses, o local passou por reforma e por adequações. De acordo com o secretário de Agricultura, Márcio Colombi, os dois funcionários da prefeitura que trabalharão no abatedouro estão capacitados para os processos de abate. Um dos dois, inclusive, é o antigo dono do local e já atuava na área.
Gestão
Para realizar o abate do animal, os colonos irão se inscrever em uma lista. A ordem seguirá conforme a ordem dos inscritos. O prefeito diz que o estabelecimento tem capacidade para abater 10 animais por semana. Agora, a prefeitura vai gerir o processo. Entretanto, está em estudo a possibilidade de, mais adiante, ceder o uso para a associação dos agricultores de Botuverá. Com isso, os próprios colonos fariam a gestão do abatedouro. “Como tudo está direcionado para eles, seria importante que eles mesmos gerissem. Mas não sabemos ainda quando isso irá ocorrer”, afirma o prefeito.