Abertura da exposição “Município Dia a Dia, Ano a Ano”
O evento foi realizado na noite desta quinta-feira, 26, para abrir a exposição que seguirá até dia 27 de agosto
O evento foi realizado na noite desta quinta-feira, 26, para abrir a exposição que seguirá até dia 27 de agosto
Na semana em que comemora 60 anos de fundação, o Jornal Município teve sua história contada e revivida através de obras de arte na exposição “Município Dia a Dia, Ano a Ano”. A abertura oficial da mostra, que continuará itinerante até o dia 27 de agosto, ocorreu na noite desta quinta-feira, 26, no Casarão Garibaldi e contou com a presença de empresários, políticos e lideranças regionais. Compõem a exposição telas, esculturas e fotografias de 13 artistas da região, além do trabalho digital de reprodução das 60 capas do jornal dos dias 26 de junho ou da edição mais próxima.
Claudio Schlindwein, diretor do Jornal Município, afirma que a exposição mostra algumas das tantas histórias que foram contadas nas páginas do jornal ao longo de seis décadas retratando o cotidiano dos brusquenses. “A ideia dessa exposição, de mostrar o trabalho de artistas regionais, casa com o que o jornal é em sua natureza. Nós valorizamos o que é da cidade e nas páginas do jornal são retratados assuntos daqui. Esse é o segredo do nosso sucesso, valorizar o que é de Brusque”, diz Schlindwein.
“Vir aqui nessa exposição e ver nesses painéis esses 60 anos de história é muito importante para nós que somos daqui de Brusque. O jornal município traz não só a notícia, mas a história de cada um de nós em suas páginas”, diz Elisete Felix, diretora da Julio Imóveis. Lideranças de outros segmentos da sociedade brusquense também prestigiaram a mostra. O major Moacir Gomes Ribeiro, comandante interino do 18º Batalhão de Polícia Militar, afirma que a parceria entre a PM e o jornal só é possível graças ao “alto grau de profissionalismo da equipe do jornal”. “Esperamos que dobre essa idade, porque para a corporação é muito importante ter um veículo de credibilidade como o Município, que trabalha com profissionalismo e seriedade”.
O curador do evento, André Groh, que também é o colunista da página ‘Variedades’ do MDD, diz que o evento começou a ser preparado desde maio e que a ideia foi aliar seu trabalho desenvolvido no jornal com a arte. “Já estava estudando alguma coisa diferente para comemorar essa data importante. Quando é um aniversário com um ‘zero’ atrás, como 60, devemos nos envolver com uma programação especial. Acabei então criando essa aliança entre o meu trabalho no ‘Variedades’ com uma exposição de arte. Isso também surgiu talvez pela carência que a cidade tem em investimento nesse nicho do setor artístico. Levei a proposta para o Claudio Schlindwein, diretor do jornal, e ele adorou”.
Groh afirma que o objetivo era que os expositores explorassem a relação entre o MDD e a cidade. “Toda a obra, trabalho ou tela tem uma coisa para explorar. Artisticamente, a obra trabalha a relação da história do jornal com a cidade. São 13 diferentes olhares, coisa que um jornal também deve ter na hora de fazer o material dele para a circulação. O objetivo é buscar nesses artistas 13 diferentes olhares sobre essa relação do jornal com o crescimento e desenvolvimento do município. Cada obra traduz um pouco disso”. O curador cita como exemplo a obra de Deivid Hodecker, que faz a relação entre uma mulher de 60 anos segurando uma capivara em meio a uma cena presente e estampada nas páginas do jornal em alguns momentos: as enchentes. A escolha dos artistas também foi consequência da página ‘Variedades’, acompanhada pelo curador.
Artistas, histórias e ação social
Na segunda a exposição vai para o Shopping Gracher e fica por lá até o dia 17 de julho. Após esse período, as obras serão exibidas na praça de alimentação da Havan até o dia 7 de agosto. Será um fato inédito nesse local. “Esse novo espaço na área de alimentação ainda não recebeu nenhuma exposição de arte. Será a primeira”, afirma Groh. O último local a receber a exposição será a Unifebe. O curador diz que o objetivo da exposição ser itinerante nesses três locais é alcançar um maior número de visitantes. As obras estarão à venda durante os dois meses e parte ou o total desse valor, conforme definido pelo artista, será destinada a instituições de Brusque a serem escolhidas ainda.
Uma das expositoras, Silvia Teske, procurou relatar em suas duas obras fatos do jornal com suas já conhecidas personagens, as ‘tias’. “O jornal sempre contemplou de uma forma bem legal o meu trabalho, sempre tive um contato com esse jornal de forma bem prazerosa. A obra que apresentei tem bastante a ver com isso. Fui coletar matérias que o município já fez sobre os meus trabalhos e alunos. O jornal faz parte da minha história. Minha carreira ainda não tem 60 anos, mas nesses 60 anos do jornal, em grande parte, fiz parte também”.
A artista Wany Zen conta com três obras de seu acervo pessoal da exposição. Segundo ela, o evento é uma maneira de valorizar o artista brusquense e de o aproximar à população. “Espero que o povo realmente tome gosto pela cultura e pela arte. Sinto que em Brusque as pessoas não valorizam muito o artista plástico. É uma oportunidade de mostrar meu trabalho e estar em contato com outros artistas, trocar ideias e conversar”.
Expositores
Núbia Abe
Vânia Gevaerd
Silvia Teske
Ariana Eble
Ester Renaux
Deivid Hodecker
Wany Zen
Larissa Fuk
Denise Dubiella
Ederson Simas
Coletivo Hiato – Guilherme Muller e Rafael Zen
Mayara Voltolini