Academia de Letras de Brusque lança coletânea com autores locais

Com o título de Imortais - Tecendo Histórias, projeto pretende difundir a cultura no município

Academia de Letras de Brusque lança coletânea com autores locais

Com o título de Imortais - Tecendo Histórias, projeto pretende difundir a cultura no município

A Academia de Letras do Brasil – Seccional de Brusque (ALB) lançou a coletânea Imortais – Tecendo Histórias na noite desta sexta-feira, 26. O livro foi produzido por 13 dos 16 membros da ALB. A ideia surgiu após o presidente da entidade, Marcos Eugênio Welter participar de uma coletânea na Academia de Letras do Brasil.

Ele sugeriu a proposta aos acadêmicos da seccional do município que aceitaram levar o projeto adiante. A produção do livro não definiu um tema central. Conforme Welter, os autores puderam expressar suas ideias de forma livre. “Se tivesse um tema poderia ficar maçante”, esclarece.

O resultado dessa decisão é um trabalho que traz poemas, histórias reais, contos, ensaios e crônicas que falam sobre a vida, os sentimentos e lições aprendidas no decorrer dos anos.

A primeira obra conjunta da ALB/Brusque deixou todos os participantes muito contentes e, por ter tema livre, cativou-os ainda mais na hora de escrever.

Toda a produção da coletânea levou mais de um ano e meio. Segundo Welter, o trabalho incluiu redigir, revisar, diagramar e imprimir. “Por sermos a Academia de Letras do Brasil, temos que fazer um trabalho bem feito e isso leva tempo”, afirma.

Conforme o escritor Alicio Schistel cada autor escreveu no gênero com que tem afinidade e, dessa forma, o livro traz um leque de gostos para leitura. “A ideia foi que juntássemos um pouquinho de cada um em uma única obra”, esclarece.

“O símbolo da nossa academia é um tear que representa Brusque como berço da fiação catarinense e esse tecer história é dessa ideia de estarmos começando a construir uma história cultural em Brusque”, explica.

Roque Dirschnabel, presidente da ABL/Guabiruba, ao lado de Marcos Eugênio Welter, presidente da ALB/Brusque/ Foto: Eliz Haacke

Rogério Ristow, o coordenador da coletânea, que também é um dos autores, revela que esse trabalho registra a atividade dos acadêmicos como intelectuais e escritores. “Temos uma gama de textos que vai agradar o maior número de pessoas possível”.

Ele confessa que a coletânea levou tempo para ficar pronta, mas que agora todos estão contentes com o resultado.

Otilia Martins Heining aproveitou a oportunidade para divulgar textos que escreveu na adolescência. O livro traz 15 poemas da época que a autora começou a escrever. “É muito legal ter um espaço onde posso colocar o meu texto literário, uma vez que trabalho bastante com texto científico”, esclarece.

Para ela, reviver esses textos foi muito interessante além de se reconhecer como escritora. “É muito bacana ver o teu crescimento, entrar nesse túnel do tempo e ver a qualidade dos textos”, revela.

Segundo ela, a coletânea tem papel fundamental para a consolidação da ALB no município, mostrar quem compõe a academia e o que escrevem.

Há cinco anos na academia, Gilberto Rau revela que a obra é muito importante e serve para estimular os adultos e jovens a escreverem. “Serve para eles desenvolverem aquele potencial que muitas vezes está adormecido em cada um desses jovens que podem seguir nessa cena e serem escritores ou colocarem no papel aquelas ideias que essa juventude apresenta”, enfatiza.

Para a coletânea, Rau que gosta de escrever crônicas e ensaios, abordou como tema principal a verdade. Segundo ele, essa é uma forma de instigar os leitores a participarem de determinados temas sociais.

Autores autografando exemplares da obra/Foto: Eliz Haacke

Conforme Schistel, o lançamento da coletânea tornará a academia mais visível para população. “Penso que é um grande passo, tanto para cultura brusquense como para cada um de nós que somos membros da academia”, revela.

A psicóloga familiar e também integrante da ALB/Brusque, Beatriz Teresinha Dias, escreveu sobre sentimentos. Ela aproveitou sua experiência para retratar as pessoas vistas como objetivos. Beatriz confessa que levou dois meses para produzir o conteúdo.

Conforme a autora, o livro é diferenciado pelo fato de ter vários pontos de vista e colocações diferentes. O fato do tema ser livre foi bem visto por ela. “Cada pessoa tem uma afinidade com um tema e eu tenho mais afinidade com o lado familiar”, revela ela que fará uma palestra no Dia da Família, 15 de maio, a partir das 19h30, na Uniasselvi com o tema “Família e sua importância na sociedade”.

Quem também esteve presente no evento foi o presidente da Academia de Letras do Brasil – seccional de Guabiruba, Roque Dirschnabel. Para ele, a ideia da criação da coletânea contribui para a história de Brusque e região principalmente por utilizar os teares como referência para o título do livro.

Segundo ele, atualmente em Guabiruba também está sendo desenvolvido um livro. Apesar de estarem na fase inicial, o trabalho servirá para divulgar a instalação da ABL no município e situações que retratam a identidade cultural da cidade. A obra ainda não tem data de lançamento.

A coletânea Imortais – Tecendo Histórias pode ser adquirida com os acadêmicos ou na Livraria Graff. O custo de R$ 30 é considerado simbólico pela academia e servirá para difundir a produção brusquense. “Com certeza é um bom investimento, pois a leitura é muito agradável”, confessa Ristow.

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