Acibr se posiciona contra fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões em 2022
Entidade diz que projeto deixará marca na trajetória de cada político
Neste sábado, 17, a Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Acibr) divulgou uma nota repudiando o aumento da verba destinada ao fundo eleitoral, que passa de R$ 1,8 bilhão para R$ 5,7 bilhões em 2022.
O texto, assinado por Rita Cassia Conti, presidente da Acibr, explica que a mudança está prevista na Lei de Diretrizes Orçamentarias, aprovada por deputados federais e senadores na última quinta-feira, 15 de julho, e que agora segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
No documento, a Acibr ressalta “ser indispensável que associações e federações empresarias se organizem, se manifestem e pressionem pelo veto, em favor da moralidade, sobretudo diante da crise econômica e sanitária que o Brasil atravessa”.
A associação ainda destaca que “é preciso ter consciência de que a aprovação desta medida deixará uma marca na trajetória de cada político que campanha publicitária nenhuma será capaz de apagar”.
Confira a nota na íntegra:
“Nota de repúdio
A Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (ACIBr) repudia o aumento da verba destinada ao Fundo Eleitoral, que passa de R$ 1,8 bilhão para R$ 5,7 bilhões em 2022.
A mudança está prevista na Lei de Diretrizes Orçamentarias, aprovada por deputados federais e senadores na última quinta-feira, 15 de julho.
O texto segue agora para a sanção do presidente Jair Bolsonaro e é indispensável que associações e federações empresarias se organizem, se manifestem e pressionem pelo veto, em favor da moralidade, sobretudo diante da crise econômica e sanitária que o Brasil atravessa.
Conforme pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em março de 2021, o país alcançou o recorde do desemprego, com mais de 14 milhões de pessoas sem ocupação.
Diante dos mais de 500 mil mortos pela Covid-19, de um contingente expressivo de pessoas que precisarão de assistência para se recuperar da doença e, especialmente, por conta de milhares de empresas fechadas, o que o Brasil menos precisa no próximo ano são de campanhas políticas financiadas com dinheiro público.
Ainda que esta medida esteja aprovada e dentro da legalidade, ela passa longe da moralidade e do compromisso de transformar este país em um lugar melhor, com emprego, saúde, educação, infraestrutura e desenvolvimento.
Na era da informação, do conhecimento e da transparência, conclamamos nossos representantes públicos a somarem força neste movimento e a se manifestarem contrários ao aumento do Fundo Eleitoral.
É preciso ter consciência de que a aprovação desta medida deixará uma marca na trajetória de cada político que campanha publicitária nenhuma será capaz de apagar.
Rita Cassia Conti,
Presidente da Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá.”