Vitor Souza/O Município
Acusado de tentativa de homicídio no albergue de Brusque é absolvido
Crime ocorreu em outubro de 2020
Foi julgado e absolvido nesta sexta-feira, 26, o quarto acusado de envolvimento na tentativa de homicídio de André Perini. O crime ocorreu no dia quatro de outubro de 2020, no albergue municipal.
O julgamento contou com o tribunal de júri, que considerou, por maioria dos votos, que não existiam provas suficientes para confirmar a autoria do crime. O júri também absolveu, pelo mesmo motivo, o suspeito pelo crime de coação no curso do processo, ou seja, que ele teria ameaçado testemunhas.
Tentativa de homicídio e homofobia
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, na manhã do dia quatro de outubro de 2020 o acusado e outras três pessoas discutiram com a vítima. O motivo seria o fato de André ser homessexual e dos agressores acreditarem que ele era pedófilo. Além disso, eles alegavam que a vítima fazia propostas sexuais a outros moradores do albergue, versão que foi negada por André.
Após a discussão, o acusado e outras três pessoas teriam agredido violentamente a vítima, com socos e chutes. Inclusive, de acordo com a denúncia do MP, os agressores teriam introduzido algo no ânus de André.
Durante a briga, o homem que foi julgado nesta sexta-feira teria pego uma faca e golpeado a vítima inúmeras vezes. As lesões atingiram as mãos, rosto e pescoço de André, sendo que um dos golpes causou um ferimento grave na traqueia.
Depois da agressão, o acusado e demais envolvidos jogaram o corpo da vítima do barranco, situado atrás do albergue. Eles teriam feito isso por suspeitaram que André estava morto, ou que logo morreria, e para o corpo não ser encontrado.
Apesar da ação dos envolvidos, um dos ocupantes do albergue informou o responsável local. Ele acionou o Corpo de Bombeiros, que fez o resgate e garantiu a sobrevivência de André, após alguns dias internado.
Ameaças
O MP também expôs na denúncia que após o crime, o acusado e demais envolvidos teriam ameaçado os demais ocupantes do albergue. Eles teriam dito para as testemunhas “aqui ninguém sabe de nada”.
Tal ameaça teria sido compreendida por todos, pois ao serem ouvidos pelos policiais, as testemunhas se esquivaram ao máximo, evitando comprometer os autores do crime.
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