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Adesão de moradores à força-tarefa contra o Aedes Aegypti é quase nula

Em duas reuniões convocadas pela Vigilância Epidemiológica, apenas quatro pessoas compareceram

A força-tarefa organizada pela Prefeitura de Brusque para combater o mosquito Aedes aegypti nos bairros do município não atingiu as expectativas da Vigilância Epidemiológica. Nas reuniões que ocorreram na semana passada, apenas quatro voluntários compareceram.

A baixa adesão gera preocupação na coordenadora do programa de Controle da Dengue, Fernanda Lippert. Ela afirma que embora os moradores denunciem com frequência locais que contêm possíveis focos, eles não demonstram interesse em ajudar efetivamente os agentes de endemia.

“Temos recebido um número alto de denúncias, é realmente muito grande. Precisaríamos do dobro de pessoas na vigilância para dar conta. Então o fato de as pessoas não se comprometerem a nos ajudar gera muito preocupação. Os moradores deveriam estar preocupados também. Estamos tristes com a pouca participação”, afirma Fernanda.

Na primeira reunião, segunda-feira, 14, na sede do Centro Comunitário do bairro Santa Terezinha, apenas três voluntários compareceram, dois do bairro Santa Terezinha e um do Guarani. Já na segunda reunião, que ocorreu na quarta-feira, 16, na Uvel Veículos localizada na rodovia Antônio Heil, apenas um voluntário compareceu. O morador, inclusive, era um dos três voluntários que já havia se apresentado na primeira reunião.

Assim como Fernanda, a diretora da Vigilância em Saúde, Clotilde Imianowsky, também se decepcionou com a baixa adesão dos moradores. Ela diz que os moradores precisam compreender a importância de eliminar os criadouros do mosquito.

“Estou muito preocupada com a despreocupação do povo. Nós gostaríamos muito que as pessoas participassem. Se um morador cuidasse da casa dele e de 50 metros na frente, atrás e dos lados da casa, já seria uma maravilha porque a cidade toda estaria cuidada. Eles precisam entender que a rua também é deles”, diz.

Aumento de denúncias

O Centro, o Santa Rita e o Nova Brasília são os bairros que mais denunciam possíveis focos do Aedes aegypti. Segundo a coordenadora do programa de Controle da Dengue, as denúncias aumentaram nas últimas semanas.

“Eles estão preocupados com a doença, mas não auxiliam a eliminar os focos. Tem que estar preocupado com tudo. E o principal é eliminar os focos geradores de mosquitos. Tem que ter mais consciência e se preparar para a chegada do verão. Chove todos os dias e está calor. Isso acelera a criação do mosquito”.

Fernanda também faz um alerta para as pessoas que sairão de férias e deixarão as residências desabitadas. Ela orienta os moradores a eliminarem qualquer possível foco da dengue. A coordenadora lembra também que o Aedes aegypti não transmite apenas a dengue, mas também o zika vírus e a febre chikungunya.

 

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