Administrador do Hospital Azambuja diz que não foi procurado pela prefeitura para realizar mutirão de catarata
Cirurgias que beneficiarão 280 pessoas estão sendo realizadas em Penha
Cirurgias que beneficiarão 280 pessoas estão sendo realizadas em Penha
O administrador do Hospital Azambuja, Evandro Roza, afirma que não foi procurado pela Secretaria de Saúde para negociar a participação da instituição no mutirão de cirurgias de catarata, que foi anunciado na terça-feira, 15, pela prefeitura.
Na ocasião, foi informado pela prefeitura que 280 pessoas serão beneficiadas e as cirurgias serão realizadas no hospital de Penha, no Litoral Norte do estado.
Durante a apresentação do mutirão, o secretário de Saúde, Humberto Fornari, justificou a realização das cirurgias no hospital de Penha porque, segundo ele, os hospitais de Brusque não se sentiram confiantes para atender este número de pessoas sem um respaldo financeiro adiantado da prefeitura, já que o mutirão será realizado com um convênio com o governo do estado, no valor de R$ 600 mil para todas as cirurgias.
“Em nenhum momento fomos procurados pela prefeitura para fazer essas cirurgias. Até li com estranheza no jornal o secretário falando que o hospital não se sentiu confiante para isso”, diz.
Roza afirma que o Hospital Azambuja passa por um novo momento, e por isso, está avaliando custos.
“Estamos em uma nova gestão, mais pé no chão. Não estamos conseguindo nos manter com os recursos que temos, não estão sendo suficientes. Talvez a prefeitura sabendo disso, tenha negociado direto com o hospital de Penha, já que com certeza precisaríamos de recursos extras da prefeitura para poder fazer as operações”, explica.
O administrador destaca que o hospital tem estrutura para realizar as cirurgias de catarata, entretanto, precisa da concordância da equipe, formada também pelo oftalmologista e anestesista. “Não é só o hospital, envolve também a questão médica. O hospital é um tripé, precisamos dessas duas especialidades para chegar num consenso”.
Já o administrador do Hospital Dom Joaquim, Raul Civinski de Souza, afirma que a prefeitura chegou a procurar a instituição, entretanto, a parceria não se concretizou por “um infortúnio alheio à nossa vontade e da secretaria municipal”, disse, sem dar mais detalhes.
O administrador disse ainda que o Hospital Dom Joaquim tem capacidade para realizar este tipo de mutirão, inclusive, participou no ano passado e também no início deste ano, mas desta vez “alguns detalhes acabaram dificultando, coisas que não são da nossa alçada e nem da secretaria. Para o próximo ano já estaremos à disposição para firmar parcerias”.