Adolescente pede ajuda da avó para sair de casa após agressões do padrasto em Brusque
Após boletim de ocorrência ser registrado, avó diz que Conselho Tutelar não deu atenção ao caso
Um adolescente de 14 anos pediu ajuda da avó para sair de casa após alegar sofrer ameaças e agressões do padrasto em Brusque. Na residência, localizada no bairro Primeiro de Maio, ele mora com a mãe e com o padrasto.
De acordo com a avó do menino, o adolescente denunciou o caso para o tio no dia 7 de agosto, este que relatou tudo para a avó. O padrasto é acusado de violência doméstica.
Segundo o menino, em um dos episódios de agressão o padrasto teria batido na mão do adolescente e tentado tirar o celular dele. Além disso, ele teria dito que, se o adolescente não levantasse cedo para trabalhar, iria levantá-lo a tapas.
O adolescente e o tio combinaram então que se o padrasto o agredisse novamente, era para o menino mandar mensagem avisando. Quando ele era mais novo, com oito anos, morava com a mãe e com o padrasto, que, conforme relatou, o dava chineladas e descontava a raiva dele agredindo o menino.
Após as agressões, ele pediu para morar com a avó, devido os desentendimentos com o padrasto. A avó dele informou ainda que o neto está com um hematoma na mão. A outra avó do adolescente disse também que o neto aparenta estar com medo de dizer o que está acontecendo na casa.
Após o boletim de ocorrência ser registrado pela avó e tio do menino, eles acusam o Conselho Tutelar de não ter dado devida atenção ao caso. “Eles não fizeram nada, mesmo depois do boletim de ocorrência. Eles não fizeram nada, não foram nem visitar”, disse a avó.
O pai biológico do menino pediu, também, para que a guarda do adolescente seja revista.
Resposta do Conselho Tutelar
A reportagem de O Município entrou em contato com o Conselho Tutelar na tarde desta terça-feira, 17. De acordo com a entidade, as medidas que poderiam ser tomadas pelo Conselho Tutelar já foram cumpridas.
“Em relação à denúncia, todos os procedimentos e orientações cabíveis ao Conselho Tutelar foram feitas, inclusive a orientação de fazer o boletim de ocorrência. Isso então agora ficou no âmbito da polícia e no âmbito do Judiciário”, informou a entidade.
Atualizado às 14h42 para adição de novas informações.
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