Adversário do Brusque na final, Amazonas tem ascensão-relâmpago e quebra jejum de seu estado
Um clube amazonense voltará a disputar a Série B do Campeonato Brasileiro depois de 18 anos
Um clube amazonense voltará a disputar a Série B do Campeonato Brasileiro depois de 18 anos
Com apenas quatro anos de existência, o Amazonas Futebol Clube é o adversário do Brusque na final da Série C de 2023, conquistando um impressionante acesso à Série B e marcando seu nome na história do futebol amazonense. Um clube do estado não disputava a segunda divisão nacional desde 2006. Agora, a Onça-Pintada tenta o que o rival, Manaus, não conseguiu em 2019: ser campeão em uma final contra o quadricolor.
Em seu primeiro ano, o Amazonas foi campeão da segunda divisão estadual. Dois anos depois, conquistou a vaga para a Série D de 2022 ao ser o terceiro colocado no Campeonato Amazonense.
Desde então, alçou voos mais altos: subiu para a Série C e, no sábado, 7, comemorou o acesso à Série B. Em suas duas participações no Campeonato Brasileiro, subiu de divisão. E era exatamente este o objetivo da diretoria desde antes do início da terceirona.
Em 2023, já conquistou o Campeonato Amazonense, em final contra o Manauara. No próximo ano, fará sua primeira participação na Copa do Brasil.
Na Série C, a estreia foi com derrota, justamente para o Brusque, no Augusto Bauer: 1 a 0, gol de Rodolfo Potiguar em cobrança de falta. Mas depois, o Amazonas emendou uma sequência de 10 jogos sem perder, com sete vitórias e três empates. A equipe esteve no G-8 em 17 das 19 rodadas. Nem a pesada derrota por 5 a 1 para o Volta Redonda, na 13ª rodada, abalou a equipe. Liderou o campeonato em cinco rodadas, e terminou em terceiro.
Após derrotas para Botafogo-PB e Paysandu nas duas primeiras rodadas da segunda fase, o Amazonas trocou o técnico. Saiu Rafael Lacerda, que estava no clube desde a Série D de 2022, e chegou o criciumense Luizinho Vieira. Desde então, foram quatro vitórias consecutivas, que reviraram o Grupo C e levaram o clube à final e ao acesso.
Contudo, o novo técnico chegou à Onça já com um pré-contrato assinado com o Confiança, sua equipe anterior, para a temporada de 2024.
A grande estrela do Amazonas é Sassá. O atacante de 29 anos, ex-Botafogo, Cruzeiro e Coritiba, volta a viver grande fase. É o artilheiro isolado da Série C, com 17 gols marcados em 21 jogos.
O Amazonas fechou a primeira fase da Série C com média de 1.618 torcedores em suas partidas como mandante. O clube foi anfitrião no estádio Carlos Zamith, com capacidade para 6 mil torcedores, e também na Arena da Amazônia. A partida com mais público foi Amazonas 1×2 Paysandu, com 4.275 torcedores presentes.
Neste sábado, 7, a Onça fez seu jogo do acesso e reuniu nada menos que 44.509 torcedores nas arquibancadas da Arena da Amazônia para assistir à vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo-PB. Foi o segundo jogo com mais público desde a inauguração do estádio, em 2014. O recorde é da final da Série D entre Manaus e Brusque: 44.896.
Em 2024, quando o Amazonas estiver na Série B, a última participação amazonense na divisão terá completado 18 anos. O São Raimundo foi rebaixado da Série B em 2006, após sete temporadas ininterruptas. Em 1999, o Tufão foi vice-campeão da Série C.
O Amazonas tem em seu elenco o meia Foguinho, de 23 anos, que passou pelo Brusque na Série B de 2021. Pela Onça, ele tem 13 partidas na Série C.
Thiago Spice é o único jogador que estava no Manaus na final da Série D de 2019 e que está no Amazonas disputando o título da Série C, novamente contra o Brusque. O zagueiro de 38 anos é titular da Onça-Pintada.
Sem remédios, venezuelana se muda para Brusque para tratamento da filha: