Advogada comenta exame de sanidade mental de acusada de matar grávida em Canelinha
Exame foi realizado às 10h30 desta quinta-feira, 22
Na manhã desta quinta-feira, 22, foi realizado o exame de sanidade mental de Rozalba Maria Grime, que matou a grávida Flávia Godinho Mafra, em Canelinha. O exame foi realizado no Instituto Geral de Perícias (IGP), e por conta de atrasos, aconteceu às 10h30.
De acordo com a advogada de Rozalba, Bruna dos Anjos, o exame teve a duração de uma hora e meia. Segundo ela, além do dia do crime, as perguntas foram sobre o histórico da acusada. Foi questionada sobre a infância, a relação paterna e materna, a convivência com os conhecidos, uma investigação social.
Bruna informa que o prazo para a apresentação do laudo do exame é de dez dias, porém pode ser prorrogado devido a complexidade do caso. Ela destaca que os quesitos foram formulados inicialmente pelo juiz, mas tanto a defesa quanto a acusação podem solicitar uma complementação do laudo.
Segundo a advogada, Rozalba está muito debilitada. A família dela segue afastada das redes sociais e ainda surpresos com o caso, pois Rozalba manteve uma gravidez, comprou enxoval e manteve a história desde outubro de 2019.
Questionada sobre a ação no caso, Bruna ressalta que a defesa aguarda o laudo do exame para tomar novas decisões. A acusada foi transferida para o Presídio Feminino de Itajaí, no Complexo de Segurança do bairro Canhanduba.
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Relembre o caso
Flávia Godinho Mafra foi encontrada morta no dia 28 de agosto. Ela era moradora do bairro Cobre, em Canelinha, e estava grávida de 36 semanas. O corpo foi encontrado no bairro Galera.
Rozalba Maria Grime, assassina da grávida encontrada em uma cerâmica abandonada em Canelinha, confessou que matou a vítima com golpes de tijolo na cabeça, de acordo com a Polícia Civil. No depoimento, a mulher afirmou ter usado um estilete para retirar o bebê do útero da gestante.
Segundo o delegado, a mulher admitiu ter contado à vítima que haveria um chá de bebê como forma de atraí-la. Flávia tinha saído de carona para um chá de bebê surpresa.
Ainda de acordo com o depoimento, ela levou a grávida para o bairro Galera, e a atacou com diversos golpes de tijolo.
A mulher ainda informou que estava grávida, e perdeu o bebê em janeiro deste ano. Ela não contou aos familiares e teve a ideia de roubar o bebê.