Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Agronegócio reage à proposta de tributação verde do governador Moisés

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Agronegócio reage à proposta de tributação verde do governador Moisés

Raul Sartori

Tributação verde
A influente Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc) mandou carta para o governador Carlos Moisés expressando toda sua contrariedade com a possível aprovação de legislação prevendo a tributação sobre agrotóxicos de acordo com o volume usado pelos agricultores. Termos duros foram expressos, entre eles de que a medida leva pânico ao setor e é “reflexo da ignorância” do mandatário, que age sob impulso de suas “pueris convicções pessoais”. Ouvido pelo “Estadão”, Moisés respondeu que a “tributação verde” ainda vai virar questão nacional.

Tributação verde 2
A Faesc não está só. O empresário Luciano Hang também está batendo em Moisés nas redes sociais por conta do projeto. “Não faltava mais nada; ideologias de esquerda sendo implantadas no estado mais liberal do Brasil”, escreveu há dias, lembrando que “os catarinenses votaram no verde-amarelo e estão vendo nascer o vermelho”.

Não será em vão
A morte do sargento Moreira, da reserva da PM-SC, alvo de cinco tiros em ataque do crime organizado, dia 7, em Camboriú, “não passará em vão”, diz nota da Associação dos Praças de SC (Aprasc), para quem a “covardia não foi só contra as forças de segurança, mas que desafia o estado e toda a sociedade”.

Papa ideológico?
Um religioso catarinense, que lê este espaço e que participou do ato de canonização de Irmã Dulce, domingo, no Vaticano, notou que o papa Francisco não citou “Brasil” em nenhuma oportunidade, o que não fez com a origem dos demais santificados do dia.

Tebaldi
Uma lágrima para o ex-prefeito e ex-deputado federal Marco Tebaldi. Deixa a imagem de um homem de hábitos e ações simples, generoso, sem a “poderite” que ataca os políticos em geral. Desde sempre o número de seu celular foi o mesmo. Sempre atendeu. Sempre deu retorno. Como político e cabeça de engenheiro, queria ver as coisas acontecerem, empurrando as equipes e seu pessoal para ter resultados. Por isso o sucesso de suas duas gestões como prefeito de Joinville, o que lhe deu a reeleição no primeiro turno em 2004 e dois mandatos de federal. A política de SC e brasileira perde sem ele.

Coincidência
Escreveu-se aqui a tragédia que é a morte de 42 mulheres por feminicídio em SC do início do ano até agora, igualando o total de registros de 2018. Por triste coincidência, as únicas três brasileiras beatificadas como mártires e que serão santas proximamente, foram assassinadas por homens que não aceitaram terem sido rejeitados. Entre elas a catarinense Albertina Berkenbrock (1919-1931).

Dois lados
O arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, até se safou bem depois da derrapada, domingo, quando, na homilia, qualificou a direita (e depois, noutro discurso, incluiu também a esquerda) de “violenta e injusta”. Já imaginou se o temperamental presidente Jair Bolsonaro, ali presente, resolvesse falar que a Igreja é corrupta e pedófila?

Desproporcionalidade
Se não houver recurso, vai para o arquivo projeto de lei relatado pelo deputado federal catarinense Darci de Matos (PSD), que permitia a cobrança de multa por atraso no pagamento da prestação condominial até o limite de 20% do valor do débito. Matos sustentou que a pretendida elevação configura ofensa ao princípio da proporcionalidade. Evidente que sim.

Boa ideia
A Defesa Civil de SC e a Secretaria de Estado da Educação assinaram termo de cooperação técnica para a implementação do “Programa Defesa Civil e Prevenção na Escola”. A iniciativa prevê a colaboração entre os órgãos para a que haja políticas públicas permanentes pensando em prevenção, cidadania, promoção de saúde e cuidado com o meio ambiente, além de estudos básicos sobre gestão de riscos e desastres.

Ruína
Tudo de ruim parece acontecer no Rio de Janeiro. Divulgou-se que após fazer uma varredura em sua folha de pessoal, o governo estadual de lá detectou a existência de 17 mil funcionários fantasmas que, por baixo, custam cerca de R$ 36 milhões por mês. Barbaridade. O estado tem 193 mil servidores na ativa, 168 mil aposentados e 84 mil pensionistas e atualmente 84% de toda a arrecadação estadual vão para o pagamento deles.

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