Albergue municipal de Brusque acolhe, em média, 28 pessoas por dia

Estrutura tem custo mensal de mais de R$ 70 mil

Albergue municipal de Brusque acolhe, em média, 28 pessoas por dia

Estrutura tem custo mensal de mais de R$ 70 mil

Após oito meses em funcionamento, o Albergue Municipal tem registrado fluxo considerado bom de acolhimentos. Na avaliação da Secretaria de Assistência Social, a estrutura tem tido adesão satisfatória e alcançado resultados positivos no encaminhamento dos usuários.

A média diária de atendimentos no albergue é de 28 pessoas. Conforme o dia e o período do mês, a quantidade varia de 25 a 30. Há muito mais homens, e quando há mulheres, são uma ou duas por noite, que, geralmente, são acompanhantes de outros usuários.

O secretário Deivis da Silva afirma que o fluxo é bastante rotativo. É comum que os usuários vão embora a cada dois ou três dias. O perfil do público vai desde andarilhos até malabaristas e artistas que viajam pelas cidades vendendo arte.

Silva explica que essas pessoas passam por uma triagem antes de entrarem no Albergue Municipal. Não podem estar sob efeitos de drogas, por exemplo.

Elas podem ficar à noite e recebem janta e café da manhã. Nos casos em que o usuário precisa de mais amparo, é feito o encaminhamento para o serviço mais indicado.

Quando se trata de problemas com vício em drogas, o usuário é direcionado aos serviços de saúde, como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps). A Assistência Social também viabiliza o retorno à cidade de origem, quando a pessoa tem interesse.

Atendimento
A prefeitura transferiu educadores sociais que estavam na pasta de Educação de novo para a Assistência Social, onde era sua lotação original. Segundo o secretário, com isso, foi possível tornar o atendimento mais humanizado.

Atualmente, 14 funcionários trabalham no albergue. São dois na coordenação e duas equipes de seis servidores, que trabalham na escala 12 por 36 horas, ou seja, cada uma trabalha um dia, intercalando-se.

Conscientização
“O nosso maior problema é conscientizar que a situação de rua não é a ideal e que é melhor voltar para a família e ao mercado de trabalho”, afirma o secretário de Assistência Social de Brusque.

Alguns dos usuários do albergue têm problemas com drogas e álcool. Esses geralmente são mais resistentes e é mais difícil de lidar.

Ao longo dos oito meses também houve problemas no entorno do albergue. A Polícia Militar foi acionada algumas vezes, mas o secretário afirma que foram situações pontuais.

Silva diz que a PM tem sido parceira da prefeitura e presta apoio sempre que solicitada. Recentemente, a polícia fez uma visita surpresa no albergue e revistou o local.

Segundo o secretário, nada foi encontrado com os moradores, o que deixou a coordenação satisfeita, pois, na avaliação do secretário, indica que a triagem está sendo bem feita.

Custo
O pagamento dos 14 funcionários custa cerca de R$ 60 mil por mês. O secretário de Assistência Social afirma que a folha salarial é de aproximadamente R$ 700 mil em um ano.

Contudo, ele destaca que esses servidores, se não estivessem no albergue, estariam noutro local, portanto, não são um gasto a mais na conta geral da secretaria.

Além disso, a pasta também tem o custo com as marmitas das jantas, cujo valor unitário é de R$ 9. Já o café da manhã custa R$ 4 por pessoa. Considerando a média de 28 usuários por noite, o custo com alimentação é de aproximadamente R$ 11.960 por mês.

O custo do albergue municipal chega à faixa dos R$ 71 mil. É um cálculo mensal, pois o gasto com alimentação, por exemplo, varia conforme a ocupação. O valor da folha de pagamento também pode aumentar devido a licenças e outros acréscimos que são direito dos servidores.

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