Cerca de 750 crianças são presenteadas no 15º Natal Solidário Unifebe
Nesta quarta-feira, 6, estudantes de oito cidades receberam presentes das mãos dos padrinhos
Isabeli Alessandra da Silva, 6 anos, não conteve a surpresa e alegria ao ver o presente que tanto desejava: uma boneca. “Eu queria muito esta Barbie, porque eu sempre via ela na televisão”, conta. A menina, aluna da Escola de Educação Fundamental Alberto Pretti, no bairro Limeira, foi uma das 742 crianças que deixou sua cartinha na árvore do 15º Natal Solidário da Unifebe.
Neste ano, crianças de 1 a 9 anos participaram da ação, vindas dos municípios de Botuverá, Brusque, Canelinha, Gaspar, Guabiruba, Major Gercino, Nova Trento e São João Batista. Durante esta quarta-feira, 6, os padrinhos puderam entregar pessoalmente os presentes aos afilhados em dois períodos, pela manhã e à tarde. O evento foi realizado na Unifebe, com direito a apresentações das crianças ao público.
A pequena Joana May, 6, da Escola de Educação Municipal Monsenhor José Locks, de Major Gercino, estava encantada com tudo. “Me diverti muito com a nossa apresentação e ainda ganhei a boneca que eu tanto queria”, comemora.
Pela primeira vez, Sarah Heinig, 19, adotou uma cartinha e presenteou uma menina do bairro Limeira. “Foi maravilhoso participar. É incrível ver que posso fazer o bem, deixar o Natal de alguém mais feliz e melhor com um simples gesto”.
Neste ano, a comerciante Maria Elisabete do Nascimento Belotto, 51, decidiu retribuir todas as bênçãos recebidos na família e adotou pela primeira vez uma carta. “A menina que peguei não pediu nada em específico, então comprei o que senti no coração e que poderá alegrar mais o Natal dela”, conta.
Generosidade
Com os filhos já crescidos, Arlete Fischer, 65, decidiu, no ano passado, começar a adotar cartinhas no Natal Solidário da Unifebe. Antes ela já fazia a ação no Correios e no Sesc.
Neste ano, a madrinha decidiu adotar duas crianças da Unifebe e duas no Sesc. “É algo tão simples e que até me deixa mais leve. Me faz muito bem poder ajudar aos que precisam”, diz.
Há pelo menos cinco anos, Miriam Woitena, 59, adota cartinhas na Unifebe. Ela iniciou por meio dos filhos que estudavam na instituição. “A minha alegria é ver no rostinho deles um sorriso. Eu fico mais contente do que eles, que recebem o presente”.
A estudante da Unifebe, Aline de Oliveira Paza, 22, participa da campanha há três anos e pretende continuar na ação mesmo após a formatura. “É muito legal e gostoso ver a alegria das crianças reunidas aqui”.
Ampliação da campanha
O reitor da universidade, Günther Lother Pertschy, diz que a cada ano a campanha vem ampliando o número de participantes. Esse ano, por exemplo, além das escolas municipais, participaram também a Uni Duni Tê e a Apae.
Para a escolha das escolas, Pertschy diz que mantém uma parceria com as Secretarias de Educação dos municípios para eleger as turmas mais carentes. “É uma ação da Unifebe, mas que envolve muitas instituições, famílias e comunidade. É algo que extrapola a universidade”.
O reitor ressalta que o evento é feito com muita organização, pois há a preocupação com a segurança das crianças durante o trajeto até a universidade. “Os pais têm receio em deixar os filhos se deslocarem de uma cidade a outra, por isso nos preocupamos com todos os detalhes”, comenta.
O Natal Solidário é o maior evento social realizado pela instituição. “Enquanto muitos lamentam a crise econômica, provamos que é possível fazer coisas fantásticas”.
A professora Rosani Roversi, da Escola Municipal Águas Negras, de Botuverá, diz que a companha é um momento importante para os alunos, pois aprendem um pouco mais sobre solidariedade e o verdadeiro espírito de Natal. “Além disso, eles tiveram a oportunidade de sair da escola e quando chegaram aqui, se encantaram com o local”.
A coordenadora da escola Alberto Pretti, Arizete Vaneti Zirk conta que é a primeira vez que o educandário participa da campanha. “As crianças estavam muito ansiosas. Todas as vezes que preparávamos os cartões para entregarem aos padrinhos, eles perguntavam se já era o dia que iriam receber o presente”.
Ela ressalta que para muitas crianças que participaram, este será o único presente de Natal do ano. “Nossa realidade é bastante complicada, temos crianças bem carentes e que com certeza esse presente fará a diferença”.