Alessandro Simas não vê grandes dificuldades para governo lidar com nova mesa-diretora da Câmara

Ele esteve à frente do Legislativo de Brusque entre 2021 e 2022

Alessandro Simas não vê grandes dificuldades para governo lidar com nova mesa-diretora da Câmara

Ele esteve à frente do Legislativo de Brusque entre 2021 e 2022

Após dois anos, chegou ao fim o mandato de Alessandro Simas (PP) como presidente da Câmara de Brusque. Ele foi substituído no comando do Legislativo brusquense por André Vechi (DC), escolhido após uma eleição quente, mesmo sem o apoio do governo municipal.

Apesar da cisão entre diversos membros do grupo de nove vereadores que elegeu André e o governo municipal, Simas não entende que a prefeitura terá problemas sérios para relacionar-se com a Câmara.

“Desde o primeiro momento que assumi como líder do governo, em 2017, até agora, não temos nada que desabonasse o governo. A oposição pode vir através da cobrança de atitudes, falta de atendimento em alguns setores, mas em relação à Câmara em si, análise de projetos, votações, não vejo dificuldade”.

Para o agora ex-presidente da casa, todos os vereadores, desde o começo da Legislatura, foram coerentes em relação à análise de projetos e utilizaram do bom senso em suas decisões. “Não acho que esse grupo vai atrapalhar o andamento do Legislativo. Talvez, aconteça uma cobrança maior por parte dos vereadores na tribuna, o que antes era feito mais de forma interna”.

De acordo com Simas, a administração municipal não apoiou a chapa de Vechi pela presença de Marlina Oliveira (PT) no grupo que elegeu o presidente. Apesar de destacar que não tem nenhum problema com a vereadora, segundo o ex-presidente da casa, a presença da petista na composição afastou o governo. Ela acabou não ficando com nenhum espaço na mesa diretora e também não indicou cargos.

Balanço do mandato

Simas acredita que o seu período de dois anos à frente do Executivo brusquense foi positivo. “Procuramos dar suporte para que todos os vereadores e a vereadora pudessem trabalhar. Dentro desse contexto, cedemos as estruturas dentro das nossas possibilidades, terminamos a reforma administrativa que a Câmara tanto esperou, melhoramos a Ouvidoria e, principalmente, produzimos bastante em termos de projetos para auxiliar a comunidade naquilo que ela precisa”.

O vereador, que é ligado ao governo Ari Vequi (MDB) e foi apoiado pelo prefeito na eleição para deputado federal em 2022, reforça que sempre prezou por um bom relacionamento entre o Legislativo e o Executivo. Apesar da cordialidade entre os poderes, Simas destaca que a Câmara sempre manteve sua independência.

“Tanto a mesa-diretora como os vereadores tiveram acesso com a prefeitura para resolver demandas que os moradores traziam. Procuramos dar celeridade aos projetos e tivemos apoio de todos para analisar projetos com rapidez. Isso não quer dizer que não somos independentes. Discussões e cobranças aconteceram, mas também uma harmonia para que os projetos que fossem importantes para o municípios fossem analisados de forma rápida, sempre respeitando o posicionamento de cada um”.

Projetos em regime de urgência

Em entrevista ao jornal O Município, o novo presidente da Câmara disse que vai mudar o modo como a casa avalia os projetos de regime de urgência enviados pelo Executivo. De acordo com Simas, porém, a apreciação desse tipo de texto foi feita de forma consensual entre os parlamentares.

“Todos os projetos foram votados após conversas com as lideranças de partidos. Não houve “tratoraço”. Todos os projetos passaram pelo próprio André (Vechi), que era o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com exceção do orçamento. A maioria dos projetos que vêm em regime de urgência tem suplementações e a questão orçamentária é muito dinâmica. Muitas vezes, a contabilidade precisava suplementar de uma pasta para a outra e, às vezes, era necessário votar algo para conseguir quitar a folha de pagamento. Por isso, era feito através de um consenso com todos”.

O regime de urgência existe para acelerar a apreciação de projetos. Eles passam pela casa em votação única. “Os projetos não vieram para atrapalhar a cidade ou atender algum interesse de um grupo político específico”, garante Simas.

*Colaborou Thiago Facchini

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