Alívio para moradores e comércios: ponte do Guarani reabre após quase sete meses
Trabalhos ainda não foram finalizados, mas trânsito já está parcialmente liberado
Trabalhos ainda não foram finalizados, mas trânsito já está parcialmente liberado
A Prefeitura de Brusque liberou parcialmente o trânsito na ponte Prefeito Antônio Heil, que fica na rua Ernesto Bianchini, no Guarani, nesta segunda-feira, 3. A proximidade do encerramento das obras no local é um alívio para comerciantes e moradores, que sofrem desde junho com a interrupção do trânsito após a queda da estrutura.
A ponte ainda não está asfaltada e está com uma cobertura de detritos, mas uma pista está liberada. A sinalização confundiu alguns dos motoristas que transitavam na manhã desta segunda, 3, mas os carros estavam autorizados a passar e dividiam espaço com máquinas e trabalhadores.
Para os próximos 15 dias, está prevista a finalização da obra. De acordo com a prefeitura, faltam a compactação da base das cabeceiras, a pavimentação asfáltica e a conclusão dos guarda-corpos nas laterais. O investimento é superior a R$ 1 milhão com recursos repassados pelo governo de Santa Catarina.
A ponte Prefeito Antônio Heil caiu na manhã de 9 de junho. Mais de três meses depois, em 22 de setembro, foi entregue oficialmente à empresa vencedora do processo de contratação, a ordem de serviço para a construção da nova estrutura.
O início das obras demorou esse período por causa de questões burocráticas, já que a prefeitura dependia de uma autorização da administração estadual. O governador Carlos Moisés inclusive chegou a visitar o local em 11 de junho, quando anunciou que o estado faria um convênio com o município para a transferência de recursos para a reconstrução da estrutura.
Durante esse período, alguns comerciantes dos arredores da ponte fecharam os seus comércios por causa da diminuição do movimento. Outros permaneceram, mas também sentiram o impacto.
“Parou tudo. Comércios fecharam, tivemos prejuízo de 70%. Tivemos bastante dificuldade para manter o local, bastante reclamação do acesso. A volta que tinha que dar era grande, e o retorno também era difícil”, conta Drielli Neves Moura, farmacêutica da Desconto Fácil.
Segundo Drielli, a farmácia, que antes da queda da ponte tinha dois farmacêuticos, passou a ter um após o seu colega pedir demissão. A empresa decidiu não contratar um novo profissional por causa da diminuição drástica de demanda e até passou a fechar mais cedo – das 21h para às 17h.
Proprietário da Agro Prange, Marcelo Prange conta que, apesar de seu estabelecimento estar perto do desvio, o faturamento diminuiu em cerca de 30%.
“Tem várias opções de agropecuárias, as pessoas querem praticidade. O movimento da rua diminuiu muito aqui na nossa parte. Dava pra jogar bola na rua”, conta.
Marcelo conta que, logo que a ponte caiu, a prefeitura informou que a burocracia faria com que a reconstrução da estrutura demorasse, mas que o tempo foi um pouco maior do que eles esperavam.
Drielli acrescenta que os trabalhos não pararam nem por causa do mau tempo, mas lamenta a demora pelo início das obras. “Teve muita demora para iniciar. Mas eles trabalharam debaixo de chuva, deram duro. Mas já era pra estar pronto. O fluxo de carro era muito grande, e ficou morto”.
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