Alívio para trabalhar
O Brusque sobreviveu a uma batalha em Criciúma. Enfrentou um bom time, que armou um bombardeio ao gol de Zé Carlos (o melhor em campo pela segunda vez seguida, já tinha segurado o empate em Itajaí) e, com um jogador a menos quase o segundo tempo todo por causa da expulsão de Hélio Paraíba, conquistou uma importante vitória fora de casa, quebrando um tabu de quase nove anos, o maior nos confrontos do time contra os chamados grandes.
Em uma rodada em que nenhum dos favoritos venceu, os três pontos conquistados mantém o time no bolo. Vem aí o Tubarão, pressionado pelos resultados que não vem, com apenas dois pontos e que cedeu um empate para a Chapecoense após estar vencendo por 3 a 1, dentro de casa.
A vitória foi importante, mas quem é do futebol sabe que o time precisa evoluir mais. Talvez a semana cheia de trabalho (ver nota) possa ajudar o técnico a impor as suas ideias de jogo. O time já mostrou algumas diferenças no posicionamento, mas ainda tem que desenvolver o seu sistema de armação, com Vitor Junior e Maranhão, que demoram a entrar em condição de jogo.
O campeonato chega a metade do primeiro turno com um cenário bem definido e, porque não, favorável ao Brusque. Lá na frente está o Figueirense, que tem consigo uma grande disciplina tática, ainda que tenha problemas no ataque (empatou com o Metropolitano em casa e até correu risco de perder). Depois tem a Chapecoense, revezando jogadores e pontuando, para se garantir na semifinal.
O Avaí e o Criciúma mostram irregularidade, contrastando boas e más atuações. Dos seis clubes restantes, há igualdade. Todos os outros tem problemas para serem resolvidos, uns mais graves e outros menos, o que não dá tanto desespero quanto ao nível técnico do Estadual, que é baixo.
Se Marcelo Caranhato organizar o time e dar um mínimo de poder de fogo em seu setor de armação, o time pode criar um cenário de não passar sustos em mais um Catarinense. Ele sabe que tem muito trabalho pela frente.
Bem-vinda
O adiamento do jogo do Brusque contra o Atlético-GO pela Copa do Brasi, do dia 6 para o dia 13, caiu muito bem para o técnico Marcelo Caranhato. Depois de assumir o time na última sexta, não houve espaço para que ele pudesse ter tempo suficiente para trabalhar o time com tranquilidade.
Ganhou uma semana cheia de trabalho entre os jogos contra Tubarão e Chapecoense, que deve vir com os reservas para o Augusto Bauer, já que estará no meio da disputa com o Unión La Calera do Chile, pela Copa Sul-americana.
Disciplina
O Brusque é, de longe, o time mais indisciplinado do Campeonato Catarinense. A média é alta e, em se tratando de um elenco que não é grande, o número alto de cartões traz prejuízos ao time. Em cinco rodadas, o Bruscão levou três cartões vermelhos e nada menos que quinze amarelos. Em tempo: o árbitro Cinésio Mendes Júnior pegou leve com Hélio Paraíba, que ficou descontrolado depois de receber o vermelho em Criciúma. Será julgado, mas deve pegar só a automática. Ele retornará contra a Chapecoense, pendurado com dois cartões amarelos.
Público
Ainda estou decepcionado com o público presente nos jogos do Brusque. Na última partida, contra o Figueirense, e com presença de bom número de torcedores adversários, não chegou a 2 mil pagantes. No ranking das médias, o Bruscão só ganha do Metropolitano e do Hercílio Luz. O jogo Marcílio Dias x Avaí, na última quarta-feira, por exemplo, levou mais de 3.7 mil torcedores ao estádio Dr. Hercílio Luz, dando uma renda líquida de mais de 44 mil reais aos cofres do clube de Itajaí. Dá pra colocar mais gente.
Basquete
Conversei com o Zurico, supervisor do basquete de Brusque, bastante otimista com a participação no novo Campeonato Brasileiro, que será organizado pela Confederação Brasileira de Basquete e que servirá de seletiva para o NBB (A Liga Ouro deve deixar de ser realizada). O campeonato deve iniciar na primeira semana de março, com a participação de oito equipes. Daqui de Santa Catarina, além do time brusquense, participará o Blackstar, de Joinville.