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Alta na gasolina: brusquenses buscam alternativas para economizar combustível

Há pessoas que trocam carro pela motocicleta e outras que vão a pé ou de bicicleta

Com o aumento no preço do litro da gasolina, os brusquenses têm buscado alternativas de transporte para economizar combustível.

O Município questionou na rede social Instagram quais as mudanças de hábitos dos leitores por conta da alta na gasolina. Dentre as respostas estão a troca de carro para motocicleta, alguns venderam o carro, outros passaram a usar a bicicleta e a fazer trajetos a pé. Outros agora optam por almoçar no local de trabalho ao invés de ir para casa. 

Transporte em duas rodas

Bruna Maiara Schwartz, moradora do Santa Rita, agora utiliza a bicicleta para ir trabalhar. Quando a gasolina chegou a R$ 5, ela começou a caminhar mais, fazendo alguns percursos a pé até o Centro. “Meu marido e eu começamos a analisar o quanto valia a pena ir de carro até o supermercado ou ir caminhando e comprar coisas nos mercados locais”, conta.

Ela é terapeuta corporal e atende no Jardim Maluche. Com a gasolina a R$ 5,50, passou a usar a bicicleta para ir trabalhar e usa o carro somente quando precisa carregar utensílios de trabalho. “Concentro tudo em dias que volto tarde para casa, pois tem dias que atendo até 22h”, diz a moradora.

O marido dela trabalha em casa. Quando tem entregas de materiais para fazer, recorre à bicicleta, ou utiliza o aplicativo de transporte e retorna caminhando. “A gente está se virando”, afirma Bruna.

Com o uso frequente do carro, o casal usava dois tanques de gasolina por mês. Agora, controlam o uso do carro para gastar um tanque ou até menos, para ter um custo parecido com o que tinha antes do aumento do litro da gasolina. “Não seria sustentável sem o policiamento de hábitos”, finaliza a moradora.

Do carro para a motocicleta

Natalia Junkes mora no bairro Limeira Baixa e trabalha no Bateas. São 24 quilômetros todos os dias. Antes ela ia de carro e gastava aproximadamente R$ 10 por dia, totalizando cerca de R$ 200 por mês, apenas para trabalhar. Para economizar gasolina, há pouco mais de um mês  trocou o carro pela motocicleta. Agora, ela gasta aproximadamente R$ 80 por mês.

Ela conta que optou pela motocicleta assim que a gasolina passou para pouco mais de R$ 5. Para economizar mais, Natalia também faz um levantamento de preços. “Procuramos o mais em conta, sempre optamos pelo mais barato”, conta.

Procura por preços mais baixos

Uma alternativa encontrada por Vilmar Dubiella é abastecer fora da cidade. O morador do bairro Thomaz Coelho conta que ano passado notou que os preços em Nova Trento e São João Batista são menores que os dos postos de combustível de Brusque.

Ele é administrador e agora trabalha em home office. Por isso, Dubiella programa as saídas, para resolver todas as pendências possíveis em uma única viagem, ainda mais morando longe do Centro. O hábito serve tanto para economizar gasolina quanto pela questão sanitária da Covid-19.

O morador diz que no ano passado o valor do litro da gasolina era 40 centavos mais barato no município vizinho. Agora, a diferença é de 25 centavos.

Dubiella conta que conversou com os moradores da cidade para saber sobre a qualidade da gasolina. “Se é muito barato tem que questionar a qualidade, mas os moradores disseram que não tem problema nenhum, que a gasolina é padrão”, relata. Com essa informação, ficou mais confiante de abastecer.

Ele afirma que abasteceu em Brusque uma única vez neste ano. Como ele sabe que aqui o valor é maior, controla o nível do combustível e deixa para abastecer quando vai para o Litoral, pois utiliza o caminho que passa por Tijucas.

Patinete elétrico

Já o morador do bairro Santa Terezinha, Douglas João Rezini, optou pelo uso do patinete elétrico há pouco mais de um mês.

Ele trabalha no bairro Santa Rita e faz um trajeto de quatro a cinco quilômetros aproximadamente. “Pelo modo prático e econômico, e por minha rotina ser curta, não compensa tirar o carro da garagem”, diz o morador.

Por conta da bateria do patinete, Rezini usa o carro em rotas mais longas. Para idas ao mercado e padaria, costuma usar o patinete quando não precisa carregar muitas compras.

Ele diz que se trabalhasse no Centro, por exemplo, poderia ir de patinete, mas levaria o carregador junto para ter carga no trajeto de volta para casa.

Rezini conta que economiza entre  R$ 60 e R$ 80. “Foi um investimento excelente”.