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Alta procura afeta estoque de repelentes nas farmácias de Brusque; algumas marcas estão em falta

Aumento dos casos de dengue no município motivou busca repentina pelo produto

Com a disparada dos casos de dengue em Brusque, as farmácias registraram aumento da procura por repelentes. O crescimento ocorreu no início de abril. A Prefeitura de Brusque também emitiu orientação para que a população use repelente como uma das medidas de prevenção ao mosquito Aedes Aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika, entre outras doenças.

De acordo com o último boletim da Prefeitura de Brusque, desde o início do ano, o município registrou mais de 1,3 mil diagnósticos de dengue.

Consumo dobrou

Em algumas farmácias a procura dobrou, como é o caso da FarmaSesi. A gestora farmacêutica, Beatriz Pedrini comenta que em março foram vendidos 33 repelentes, número que pulou para 60 em abril. O estabelecimento trabalha com produtos em gel, creme, aerosol, adesivo para colar na roupa das crianças, além de itens eletrônicos para o ambiente.

O aumento fez as marcas mais conhecidas e os itens mais eficaz desaparecem das prateleiras. “Afetou o nosso estoque e não conseguimos repor. Algumas marcas estão em falta”.

Para não ficarem sem, as pessoas preferem aderir às marcas menos conhecidas, além de aproveitarem as ofertas. Beatriz comenta que há muitos clientes que compram o item para toda família. Há também alguns que fazem “vaquinhas” entre os colegas de trabalho para deixarem o item na empresa”.

A gestora acredita que a procura continuará intensa, uma vez que as pessoas devem utilizar o item diariamente, aumentando o consumo do produto.

Estoque quase zerado

A venda dos repelentes teve um grande crescimento no último mês na Farmácia São João em Brusque. Isso afetou o estoque do estabelecimento que está quase zerado. O balconista Allan Roberto da Costa Pereira também explica que aumentou “a demanda também pelos repelentes com icaridina por conta da eficácia dele contra o mosquito da dengue, mas ainda não recebemos remessa dele”.

De acordo com Alan, o estabelecimento não trabalha com nenhuma restrição de venda por cliente no momento. Ele ainda afirma que a demanda não causou um reajuste do preço do produto e que apenas ocorreu o aumento anual da indústria farmacêutica no início de abril.

Opções mais baratas

Os clientes da Farmácia dos Trabalhadores têm optado pelos itens mais baratos. De acordo com a atendente Jessica Daiana Costa, as pessoas não entendem que a icaridina, composto que repele o mosquito transmissor da dengue, tem um custo maior. Por isso, eles acabam adquirindo os produtos tradicionais.

Segundo ela, a procura aumentou 70% apenas no último mês, sendo que 45% desse público optou pela versão mais em conta do produto.

No entanto, o estabelecimento não registrou falta do produto ainda. Jessica salienta que a demanda da distribuidora também pode impactar em uma futura falta do produto.

Jessica ainda acrescenta que o aumento da demanda não provocou um reajuste no valor do produto. De acordo com a atendente, no início de abril todos os medicamentos, inclusive os repelentes, já tiveram um aumento de 12%. A procura também motivou a farmácia a vender os repelentes utilizados nos ambientes como em casa ou no trabalho.

Preferência pelo mais eficaz

Os clientes da Farmácia Preço Popular preferem os repelentes com icaridina, que é o mais indicado para evitar o mosquito transmissor da dengue. “O que nós colocamos na prateleira, sai muito rápido”, diz a gerente Carla Bazana.

Apesar de ter um preço um pouco mais elevado, o repelente com a icaridina na composição é o mais procurado. Os clientes buscam as versões infantis e para adultos.

A gerente acrescenta que apesar da procura repentina, o preço não passou por reajustes. Carla também afirma que a procura deve continuar alta nas próximas semanas devido ao aumento dos casos de dengue no município.

Orientações da prefeitura

Com o objetivo de proteger contra os mosquitos, entre eles o transmissor da dengue, os repelentes são indicados para uso diário.

A Prefeitura de Brusque orienta que o item não seja aplicado mais de três vezes ao dia, pois pode causar intoxicação. O repelente deve ser aplicado 15 minutos após o uso de hidratantes ou filtros solares.

Não deve ser aplicado nos olhos, nariz e boca. Além disso, é importante lavar as mãos após o uso e sempre tomar um banho antes de dormir para retirar o produto do corpo.

O produto não pode ser aplicado embaixo das roupas, apenas nas áreas expostas. Em crianças, a recomendação é não aplicar nas mãos, pois elas podem levar a boca e, consequentemente, consumindo o produto.

Por fim, a prefeitura acrescenta que estudos científicos mostram que a icaridina 20-25% fornece maior proteção contra o Aedes Aegypti que o DEET 6-9%.


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