Alunas do Senai de Brusque são finalistas do prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva
Gabriela Petri e Milaine Iatzack representarão o município no concurso
Gabriela Petri e Milaine Iatzack representarão o município no concurso
O Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva anunciou na última semana os finalistas da edição 2019, entre eles, estão duas estudantes do Senai de Brusque. Os projetos desenvolvidos pelos estudantes serão apresentados em desfile no mês de novembro em data a ser divulgada. A iniciativa é promovida pelo Instituto Social Nação Brasil, com o apoio do Senai.
As alunas do curso técnico em vestuário, Gabriela Petri e Milaine Cristine Iatzack desenvolveram looks a partir de uma coleção chamada “aves em extinção”, cuja proposta foi realizada na disciplina de Desenvolvimento técnico de produtos do vestuário, com as professores Ana Maria Hasckel e Rosani Pereira Marcarini, supervisão de curso de Natália Tarter Thomaz e coordenação de Educação, Sandra Freitas.
“A coleção “aves em extinção” foi criada para ressaltar a conscientização de que hoje a inclusão não se trata apenas de pessoas com necessidades especiais, mas sim de incluir todo o nosso ecossistema devido às condições em que nosso planeta se encontra. Desmatamentos, poluição e caça são as principais causas da extinção dos animais”, contou a professora Rosani.
Milaine desenvolveu três looks esportivos criados para o público cego ou com baixa visão que foram inspirados nas aves em possível índice de extinção, como a arara azul, a catatua de crista amarela e o soldadinho do Araripe. As peças foram confeccionadas com tecidos impermeáveis, que podem se transformar em bolsas e ainda podem se adaptar para bermudas, por exemplo, dando mais autonomia na hora de se vestir.
“Não se trata apenas de moda ou roupas, mas sim de buscar inovações que consigam ajudar na mobilidade e conforto na hora das pessoas se vestirem e ainda promover a conscientização dos problemas ambientais do nosso planeta”, explicou a estudante.
Já as peças da Gabriela foram inspiradas no teatro de época, com toda a sua sofisticação das festas e agora adaptada para o público cadeirante. Os looks utilizam tecidos em algodão, por serem mais absorventes e facilitarem a transpiração da pele, evitando que o suor permaneça no corpo. Os aviamentos e a modelagem, foram pensados de forma a dar melhor “vestibilidade” e mobilidade, evitando limitar os movimentos ou machucar o cadeirante.
“O concurso significa ultrapassar e superar os meus limites, as dificuldades e ter realização pessoal. É também sentir que consegui contribuir para que essas pessoas tenham segurança e mobilidade em suas roupas”, conta.
Além das alunas de Brusque também foram selecionados seis estudantes que frequentam a aprendizagem industrial de Costureiro Industrial do Vestuário e Assistente de Produção na Confecção de Roupas, no Senai de Guaramirim, são eles Abner Messias Neri, Angélica Lana Gonçalves, Laryssa Dias, Letícia Gomes, Jovana de Lima Correa, Lucas Cortez Teodoro da Silva.
No ano passado, outra aluna do Senai venceu o Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva. Eliana Baron, que mora em Guabiruba, desenvolveu uma etiqueta para roupas com QR CODE, onde cegos ou surdos podem ter acesso a informações sobre a peça, apenas usando o celular. Marco Antônio de Faria Filho, aluno do Senai em Brusque, conquistou o terceiro lugar no prêmio.