Alunos do Colégio Cônsul promovem debate sobre propostas dos presidenciáveis
Jovens conheceram os planos de governo e a opinião dos candidatos em temas polêmicos, além de discutir sobre os assuntos
Os alunos do nono ano até o terceirão do Colégio Cônsul Carlos Renaux viveram, na tarde de sexta-feira, 14, um momento democrático, repleto de reflexões a respeito das eleições que se aproximam. Com organização do terceiro ano, em conjunto com o grêmio estudantil e os professores Ronaldo José Raimundi e Daniel Tomasini, foi realizado um debate em torno dos planos de governo de todos os 13 presidenciáveis.
Em um telão no anfiteatro do Colégio Cônsul foram apresentados todos os candidatos e suas posições em torno de temas polêmicos, como aborto e cotas para negros em universidades, além de assuntos importantes a serem tratados pelo próximo presidente eleito, a exemplo das reformas trabalhista e previdenciária.
A ideia da realização do debate aberto aos demais alunos foi durante uma das aulas de sociologia de Raimundi. “Nós fizemos um pequeno debate falando sobre o problema da democracia no Brasil, que vem sofrendo ataques. A partir daí surgiu essa oportunidade de expandir a discussão.”
Em cada tema, os alunos foram provocados a emitirem suas opiniões. Muitos destes jovens, entre 16 e 17 anos, já estão aptos a votar e, como explica Raimundi, a realização deste debate foi exatamente para esclarecer dúvidas sobre os candidatos e suas posições. “Eles agora também fazem parte da cidadania por meio do exercício do voto, por isso decidimos sair do senso comum e trazer conhecimento mais profundo a respeito dos presidenciáveis.”
Para o aluno do terceirão, Leonardo Pereira, que também participou da organização, o debate e as informações explanadas na apresentação ajudaram a esclarecer. “A gente vê muitas pessoas falando o que não sabem, com mentiras envolvendo candidatos, há a questão das ‘fake news’ envolvida, e achamos que um evento como esse pode ajudar nesse aspecto.”
A aluna Isadora Piva acredita que debates como esse são fundamentais para o exercício da democracia. “É muito importante, a gente é que vai fazer o futuro da nossa nação, é a nossa vida que está em jogo, querendo ou não.”
Para ela, é importante também discutir o papel da mulher na política, já que o Brasil vive momento de baixa representatividade feminina nas esferas do poder. “O machismo é um tabu no nosso país, e a mulher ainda é colocada como submissa ao homem. Concordo que as mulheres têm que ocupar cada vez mais espaços e se fazerem presentes cada vez mais na política.”