Alunos da escola João Hassmann debatem a inclusão social sobre as diferenças
Estudantes e comunidade se envolvem em atividades reflexivas
Até sexta-feira, 23 de agosto, estão programadas palestras, sessões de cinema e apresentações artísticas sobre inclusão social no ginásio de esportes da EEB João Hassmann. É a quarta Semana da Inclusão, que mobiliza toda a escola e sociedade para refletirem sobre a convivência, o acolhimento e o respeito com as limitações dos seres humanos. A iniciativa aconteceu pela primeira vez em 2010, a partir do incentivo da coordenadora pedagógica Janaina Paschoal Alves e profissionais da escola.
Para dar início à programação na segunda-feira, 19 de agosto, estudantes da EEB João Hassmann apresentaram duas músicas em libras, a língua dos sinais. Em seguida, os alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Brusque dançaram uma valsa. A Apae de São João Batista e os atletas do time de basquete para cadeirantes do Serviço Social do Comércio (Sesc) também participam da Semana da Inclusão.
As quatro edições contaram com exibição de filmes para reflexão e o depoimento de alguém que convive com a deficiência. Na terça-feira, 20 de agosto, uma mãe fará uma palestra aos estudantes sobre como é conviver e cuidar do filho autista. Amanhã será o dia do desafio, quando os estudantes irão conhecer um pouco sobre artistas com deficiência como pintores que usaram a boca ou os pés para desenvolverem suas obras. Alunos do 1º ao 5º ano terão que fazer como eles.
Quinta-feira, 22 de agosto, terá a Parada da Leitura, de 20 minutos. Os estudantes irão ler histórias sobre inclusão social e depois assistirão a um filme sobre o tema. A sessão de cinema continua na sexta-feira, com a exibição do filme “Shrek 2” e do brasileiro “Colegas”.
Todos os 602 alunos da escola estão envolvidos. Há 27 deficientes no ensino regular da instituição. Há 15 dias, cada turma sorteou um tipo de deficiência como dislexia, autismo, déficit de atenção, hiperatividade e deficiência física. A partir disso, os alunos construíram jogos para serem utilizados na sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE), que trabalha com crianças com deficiência. Os jogos foram expostos na praça Sesquicentenário, ontem. “A nossa escola foi pioneira neste processo de inclusão. A cada ano que o evento acontece torna-se mais intenso. Os alunos são muito acolhedores”, diz Janaina.
Cerca de 12 alunos, além de professores estão auxiliando na organização. Ela diz que observa dificuldade em relação aos alunos que vêm de outras regiões do país, como do Norte e Nordeste. Crianças de dez a 12 anos estão recebendo o diagnóstico quando chegam à escola.