Alunos da rede pública de Brusque acompanham espetáculo de conscientização sobre abuso sexual e infantil

A peça 'Escuta que não é brincadeira' veio a Brusque por uma parceria entre a Secretaria da Educação e de Assistência Social do município

Alunos da rede pública de Brusque acompanham espetáculo de conscientização sobre abuso sexual e infantil

A peça 'Escuta que não é brincadeira' veio a Brusque por uma parceria entre a Secretaria da Educação e de Assistência Social do município

Crianças do quarto e quinto ano da rede municipal de ensino de Brusque tiveram uma atividade lúdica e diferente no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, comemorado nesta sexta-feira, 18.

Atentas e curiosas, elas acompanharam cada detalhe da peça teatral. “Escuta que não é brincadeira”, uma peça que faz referência a exploração e abuso sexual protagonizada por atores da Casa Teatral Produções, de Joinville.

A trama, realizada no teatro do Seminário de Azambuja, conta a história de dois brinquedos que moram no quarto de dois irmãos que estão sofrendo abuso sexual. Aos poucos eles começam a perceber esses sinais e vão investigar, trazendo para a plateia informação, relacionando o caso com a história. Para isso, são utilizados jogos e brincadeiras dentro do universo infantil.

Segundo a atriz e dramaturga, Daniele Pamplona, o foco da Companhia de Teatro é trazer informação através da arte. “E esse tema, especificamente, é muito sério e duro de falar. O objetivo maior é trazer essa temática de forma poética e leve, para que crianças e adultos possam se encantar, mas, ao mesmo tempo, refletir profundamente”, observa. “O foco é informação, arte e sensibilização de uma forma agradável, para que a criança se sinta tocada e possa refletir e se proteger”, completa.

Foco na conscientização
A peça ‘Escuta que não é brincadeira’ veio a Brusque por uma parceria entre a Secretaria da Educação e a Secretaria de Assistência Social do município, por meio do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).

O secretário de Assistência Social e Habitação, Deivis da Silva, explica que o poder público promoveu ações durante essa semana sobre a temática como forma de alertar a população, em especial professores e alunos da rede pública de ensino. “Com certeza esse é um evento muito positivo para que todos possamos ter uma percepção melhor dessa realidade. Assim, é possível chamar a atenção das crianças, que são o alvo principal, e também despertar a discussão nos professores dentro da sala de aula”, observa.

Caso Araceli
O Dia 18 de Maio foi estabelecido como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em virtude do Caso Araceli, uma criança brasileira, do Espírito Santo, que foi morta violentamente em 18 de maio de 1973 e teve o corpo encontrado somente seis dias depois, com flagrantes sinais de abuso sexual.

Na época, Araceli tinha apenas 8 anos. Os suspeitos da morte da garota, pertencentes a famílias influentes do Espírito Santo, nunca foram condenados. Posteriormente, a partir de 2000, o Congresso Nacional instituiu o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na data da morte de Araceli.

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