Alunos de Brusque conquistam medalhas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
Estudantes da escola João XXIII e do colégio Cultura competiram com 750 mil alunos de todo Brasil
Oito estudantes de Brusque conquistaram medalhas de ouro, prata e bronze na 19ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). O resultado foi divulgado pela organização na semana passada. Os alunos da Escola de Educação Básica João XXIII, do bairro Primeiro de Maio, receberam quatro medalhas de bronze, uma de prata e uma de ouro, e os estudantes do Colégio Cultura, do Jardim Maluche, ganharam duas de bronze.
A OBA é realizada anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e pela Agência Espacial Brasileira, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os brusquenses disputaram com cerca de 750 mil alunos de todo o Brasil, de 7.895 unidades escolares. Eles foram submetidos, em maio, a uma prova composta por dez perguntas: sete de astronomia e três de astronáutica, a maioria de raciocínio lógico.
O professor de geografia e responsável pela prova na João XXIII, Marcos Pinotti, conta que há seis anos a escola participa da Olímpiada. Ele diz que os alunos não são obrigados a participar. Ainda assim, cerca de 60 jovens do 8º e 9º ano realizaram a avaliação, que teve questões relacionadas à astronomia, planetas, sistema solar, movimentos da terra e da lua, satélites naturais e artificiais, energia e meio ambiente. “A Olímpiada busca despertar o interesse do estudante para a astronomia, uma área pouco estudada em sala de aula. Os próprios livros trazem conteúdos superficiais”, diz.
Pinotti conta que a instituição sempre incentivou ações como a OBA e que o bom desempenho dos alunos é resultado do interesse de cada um. “Gradativamente o número de estudantes aumentou na escola. No começo eram 20, teve anos que mais de 100 fizeram a prova e, em 2016, conseguimos mais um bom número”. Na João XXIII, os jovens receberão oficialmente a medalha e o certificado ainda neste mês. Os que fizeram a prova e não tiveram pontuação de destaque também serão certificados.
O professor de Ciências e também responsável pela prova do Cultura, Alino Pedro Dada, explica que é a primeira vez que o colégio participou da OBA. Participaram da Olímpiada 32 alunos do 6º ano. No entanto, o professor diz que já havia aplicado a prova nos últimos dois anos em outras instituições. “Observo que a Olímpiada vem para popularizar e estimular os alunos para que gostem do assunto “.
Dada diz que desde o começo do ano os adolescentes já se preparavam para a prova. Ele considera o desempenho satisfatório. “Eles são muito interessados e questionadores. O resultado é um estímulo para entenderam o que é a astronomia e o quanto é importante para a vida como um todo”.
Estímulo para ir além
Alex Samuel da Silva Siqueira, 14 anos, da 8ª série da João XXIII, afirma que a medalha tem um significado especial na sua vida escolar. Ele diz que sempre gostou de estudar o tema, principalmente os meteoros e os planetas, e que se sente mais estimulado a buscar conhecimento. “É a primeira vez que recebo uma medalha, a prova não foi difícil, mas me fez pensar bastante”.
Henrique Tormena Kohler, 12, do 6º ano do Cultura, também recebeu sua primeira medalha e conta que estudou muito para fazer a prova. “Foi muito legal e quero continuar estudando mais ainda. Ano que vem pretendo participar de novo”.
OBA
A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica é dividida em quatro níveis. Os três primeiros são para alunos do Ensino Fundamental, e o quarto, para os do Ensino Médio. A prova é composta por dez perguntas: sete de astronomia e três de astronáutica. A maioria das questões é de raciocínio lógico. As medalhas são distribuídas conforme a pontuação obtida em cada nível.
Alunos medalhistas
Escola de Educação Básica João XXIII
- Alex Samuel da Silva Siqueira
- Eduarda Immianowsky
- Vinicius Rolinski
- Gabriel Martins
- Eduardo Antunes Testoni
- Bruno dos Santos Brito
Colégio Cultura
- Henrique Tormena Kohler
- Arthur Filipi Fantini