Alunos da escola Yvonne Olinger Appel elaboram jogos com conteúdos de sociologia
Participam do projeto mais de 200 alunos do 1º e 2º ano da instituição
Participam do projeto mais de 200 alunos do 1º e 2º ano da instituição
Os alunos da Escola de Ensino Médio Yvonne Olinger Appel, do Paquetá, têm a oportunidade de aprender sociologia de uma maneira diferente neste bimestre. Por meio do projeto “Sociologia, Tecnologia e Jogos – juntos para desenvolver interesse intelectual”, trabalhado nas disciplinas de Informática e Sociologia, os estudantes desenvolvem jogos de tabuleiros, de baralhos e também jogos virtuais.
De maneira lúdica, mais de 200 alunos – seis turmas do 1º ano e uma do 2º ano do Ensino Médio -, elaboram jogos com temas atuais, em que relacionaram aos teóricos da sociologia. Os principais assuntos abordados pelos grupos são de desigualdade social, conceitos históricos, educação no trânsito, alternativas de novas sociedades e operação Lava Jato.
Os professores de Tecnologia e Sociologia, João Liz de Lima Moreira e Jorge André Doro, respectivamente, são os mediadores do projeto, que está em andamento e tem previsão de término em novembro. Doro diz que a atividade começou a ser trabalhada há dois meses com o objetivo de despertar o interesse dos jovens para a disciplina e para que criassem senso crítico em relação aos temas atuais da sociedade. “Pensamos em desenvolver algo que eles (estudantes) gostem e que possam interagir uns com os outros, que curtam e aprendam fazendo. Criando um jogo e indo atrás das informações estão sendo estimulados a gostar do tema, a debater em sala de aula, a criar senso crítico”.
O professor explica que divididos em grupos, os alunos tiveram a possibilidade de escolher os temas que queriam trabalhar. A orientação era que criassem o jogo com temas de interesse público e que o conteúdo pudesse ser relacionado com a vida de cada um. “Por sociologia ser uma matéria muito teórica, os estudantes deixam de gostar. Com os jogos e com essa dinâmica puderam voltar a tomar gosto pela disciplina. Os resultados foram muito interessantes”, avalia Doro.
Por meio do jogo de cartas Super Trunfo os jovens estudaram temas voltados a estatísticas, como Taxa de Natalidade e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Com jogos de tabuleiros voltaram o olhar à reeducação do trânsito de Brusque. Já de forma mais tecnológica testaram o raciocínio e praticaram o Quiz, onde responderam perguntas de conhecimentos gerais do Brasil. Ainda, inspirado no projeto Vênus, em que é apresentado uma visão alternativa para uma civilização mundial sustentável, os alunos criaram novas alternativas de sociedade com o jogo de Lego.
Há muitos lugares para ir
Amanda Paukner, 16 anos, do 1º ano do Ensino Médio e mais três colegas criaram um jogo de Super Trunfo, que chama atenção para pontos turísticos importantes de Santa Catarina e para os menos conhecidos também. Amanda conta que foram escolhidas 30 cidades, entre elas Urubici, Penha, Blumenau, Itajaí e São Francisco do Sul. Foi apresentado em cada uma delas o IDH e seus pontos turísticos.
A aluna afirma que o mais interessante do projeto é que o tema é livre, o que permite que os estudantes possam trabalhar de forma dinâmica o assunto que escolheram. “Com este trabalho pudemos perceber que não existe apenas uma cidade e que podemos, em se tratando do nosso estado, ir a muitos lugares legais sem precisar ir muito longe”, diz Amanda, que completa: “Pra mim a mensagem principal é que não devemos ficar presos em apenas um só lugar e que há muitos locais para se conhecer. Precisamos nos libertar mais”.
A assessora pedagógica da escola Yvonne Olinger Appel, Berenice Lemos, afirma que novas estratégias de ensino, com ferramentas diferentes, somam na formação educacional. Ela diz que o projeto também permite que os alunos saiam da rotina. “Eles podem construir o conhecimento e ainda descobrir novos conhecimentos”.