Alunos enterram cápsula do tempo com a história da escola Paquetá
Em comemoração ao Dia da Árvore alunos plantaram pau-brasil e enterraram cano PVC com informações sobre o educandário e o município
Em comemoração ao Dia da Árvore alunos plantaram pau-brasil e enterraram cano PVC com informações sobre o educandário e o município
A Escola de Ensino Fundamental Paquetá realizou na tarde de ontem, data em que é comemorado o Dia da Árvore, duas ações com o intuito de sensibilizar as pessoas sobre a importância do cuidado com o meio ambiente. Alunos do 8º ano C plantaram um exemplar de pau-brasil e estudantes do 1º e do 9º ano enterraram ao lado da árvore uma cápsula do tempo com os principais registros do cotidiano escolar, que será aberto em 15 anos.
O trabalho começou a ser desenvolvido em junho, na Semana do Meio Ambiente, por meio da integração das disciplinas de Ciências, ministrada pela professora Roberta Wegner Hort, e História, da professora Regiane Pedrini Fischer.
A diretora Lígia Dalmarco diz que o trabalho faz parte do Plano de Ação do Paquetá e aconselhou os alunos a curtirem a natureza e protegerem as árvores para terem ar puro e água. Ela contou que a escolha do pau-brasil foi científica e que foram analisados critérios como construções próximas e fossas. “Tivemos orientação do pessoal da Fundema e além dessa escolha científica buscamos trazer uma árvore que está diretamente ligada à história do Brasil”.
Lígia conta que a ideia da cápsula do tempo surgiu da professora Roberta e que se pensou num local que pudesse deixar os materiais guardados por tempo indeterminado, por isso, foi selecionado um cano de PVC. Dentro deste material os alunos do 1º e do 9º ano colocaram expectativas sobre o futuro por meio de textos, fotografias e desenhos. “Fizeram desenhos que expressam como imaginam que será daqui 15 anos”.
A diretora ainda afirma que foi depositado dentro da cápsula uma listagem com o nome dos funcionários da escola, uma retrospectiva dos principais fatos de janeiro a setembro deste ano de Santa Catarina, do Brasil e do mundo. O jornal Município Dia a Dia também foi colocado dentro da cápsula. “Colocamos estes materiais e vedamos tudo. Só vai ser aberto no dia 21 de setembro de 2030”, diz. Tanto a árvore como a cápsula foram enterradas numa área verde da escola, onde será colocada uma placa com a data de hoje (ontem).
Sensibilizar a comunidade
Os estudantes que fazem parte do Grupo de Educação Ambiental do Paquetá falaram que a ação quer sensibilizar a comunidade. “As árvores servem de moradia para diversas espécies, melhora a umidade do ar, deixa as paisagens mais belas. É uma riqueza natural muito importante”, diz.
A professora Roberta diz que os estudantes do 6º ao 9º ano participaram de um quiz ambiental no começo de junho e que os alunos do 8º C foram os vencedores e, por este motivo, foram escolhidos para plantar a árvore. Os estudantes vencedores também foram premiados naquela ocasião com uma muda de flor doada pelo horto florestal de Brusque. “Eles ficaram bem empolgados com as atividades e com a oportunidade de plantar a árvore”, afirma a professora.
Para as alunas da 8º C que plantaram a árvore, o momento representa um marco nas suas vidas. “É como estaremos com 30 anos (alunas possuem em média 15 anos). Onde e como estaremos. Essa foi uma experiência nova”, contam.
Pau-Brasil
O pau-brasil foi declarado árvore nacional por meio da lei 6.607 de 7 de dezembro de 1978 e pode chegar a 30 metros de altura. A professora Regiane diz que era chamada pelos indígenas de Ibiripitanga – Ibiri, que significava pau/madeira e Pitanga, vermelho. “O pau-brasil recebeu esse nome devido ao seu miolo vermelho associado à coloração das brasas. A brasilina, corante vermelho natural, era extraído da árvore e foi o primeiro produto destas terras. Por causa dela, o apelido Brasil pegou e a profissão brasileiro, que denominava as pessoas que faziam o comércio desta madeira, virou a nossa nacionalidade”, explica. “Que em 2030 possamos estar debaixo deste pau-brasil”, diz.