Amazonenses escolhem Brusque como segunda casa

Comunidade de migrantes mantém viva a sua cultura

Amazonenses escolhem Brusque como segunda casa

Comunidade de migrantes mantém viva a sua cultura

Pirarucu ao molho de camarão e tambaqui assado na brasa são alguns dos pratos que definem a culinária do Amazonas. É por meio da gastronomia, da música e das boas conversas que um grupo de amazonenses que mora em Brusque mantém sua cultura.

Há um número considerável de amazonenses moradores do município. Um bom exemplo é a família de Maria Raimunda, a Ray, 58 anos, e de seu marido Plínio Carvalho, 54. Ela tem quatro irmãs, dois irmãos e tantos sobrinhos que não dá para contar por aqui.

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A migração da família de Ray começou ainda na década de 1990, quando uma sobrinha, que, na época, morava em Curitiba (PR), veio para Brusque. Depois vieram mais parentes e, aos poucos, uma pequena comunidade se formou.

Ray e Plínio tinham uma empresa de cozinha industrial em Manaus, a capital do estado. “Eu nunca pensava em sair de lá”, conta a empresária radicada em Brusque.

Tudo mudou quando ela e o marido resolveram visitar Gramado (RS). Eles aproveitaram que estavam no Sul do país e passaram em Brusque para se encontrar com a irmã de Ray.

“Quando cheguei, me apaixonei pela cidade”, comenta Ray. Ela conversou com o marido porque queria se mudar para Santa Catarina.

Como já atuavam no ramo de comida no Amazonas, eles resolveram apostar no mesmo segmento e negociaram a compra de um restaurante na Antônio Heil.

Em 2017, vieram para Brusque definitivamente e criaram o Restaurante Amazônia, na rodovia Antônio Heil. Na semana passada, inauguram outro estabelecimento, chamado Bom Prato, no Centro.

Filha de Ray, Tatyanne dos Santos Araújo, 40, também veio para Brusque, mas em fevereiro do ano passado, com o marido Carlos Fabrício Colares do Nascimento, 36, e os filhos Carlos Arthur, 4, e Maria Isabella, 10.

O principal motivo que a fez deixar Manaus para trás foi a falta de segurança. Ela vivia com muito medo na capital amazonense devido a assaltos e sequestros. Por isso o casal tomou a decisão de mudar.

Em 2017, ela passou o Natal em Brusque e se apaixonou pela cidade. Em fevereiro de 2018, eles se mudaram de uma vez por todas.

Plínio durante uma de suas pescarias no Amazonas | Foto: Arquivo pessoal

Jeito próprio
Com tanta gente do Amazonas morando em Brusque, principalmente em Dom Joaquim, há muitas pessoas para as festas. Ray conta que qualquer data é motivo para comemoração.
“Como tem muitas pessoas, toda hora tem alguém de aniversário, grávida, se mudando”, comenta Ray. Periodicamente, os amazonenses se juntam para celebrar e manter viva a tradição e os costumes da sua cultura.

Tatyanne conta que as festas não são para lembrar do Amazonas. O principal é se divertir, poder falar o “linguajar amazonense” e festejar fatos importantes na vida dos familiares.

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Parintins
Embora morasse em Manaus, Ray é natural de Parintins, a ilha no Amazonas conhecida mundialmente pelo Festival Folclórico que leva seu nome. Ela conta que a cidade vive basicamente do festival, que ocorre sempre nos últimos três dias de junho.

Durante esses três dias, Parintins se transforma, com turistas de vários os cantos do país e do mundo. Ray conta que nesta época é muito comum os moradores saírem de suas próprias casas e as locarem por altas somas, já que tem poucos hotéis no município.

O festival é uma festa muito popular, como se fosse o carnaval do Amazonas. O evento consiste na disputa entre o Boi Garantido e o Boi Caprichoso, que ocorre no bumbódromo.

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