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Ambulância do Samu de Brusque estraga com frequência pela alta demanda, diz coordenador

Relevo da região, alta velocidade e longas distâncias estão entre os fatores que geram problemas mecânico

A alta demanda do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Brusque é o principal fator para que a ambulância estrague com frequência. Somente neste ano, o atendimento foi suspenso duas vezes devido à falta de veículo. 

O problema não é recente. Notícia publicada por O Município em abril de 2015 já informava sobre a falta do serviço devido à problema com as ambulâncias. Em junho de 2017 o Samu sofria com falta de veículos e profissionais. Os problemas mecânicos também foram registrados em 2019 e se repetiram em 2020.  

No dia 7 de dezembro do ano passado a ambulância própria quebrou e, no dia 31 de dezembro o veículo emprestado da Secretaria de Saúde também apresentou falhas e o serviço foi suspenso

O coordenador do serviço, Álvaro de Carvalho, diz que os veículos estragam pela alta demanda. São cerca de 300 atendimentos por mês. Como o Samu atende Brusque, Guabiruba e Botuverá, circula por grandes distâncias. 

Ele menciona que às vezes a equipe está atendendo em um extremo da cidade e é acionada para outro extremo, em município vizinho. Se for um código vermelho, que é de emergência, é preciso ir muito mais rápido. O relevo da região também contribui. “Exige muito do veículo. São características que vão desgastando”, comenta Carvalho. 

A ambulância própria do Samu é utilizada desde 2017. O governo federal renova a frota a cada cinco anos. “Estamos buscando alternativas porque não vai aguentar até 2022”, diz o coordenador do serviço. Para sanar o problema, a Secretaria de Saúde está abrindo uma licitação para alugar um veículo para o Samu. 

A intenção é ter um veículo reserva para que o serviço continue operando quando a ambulância precisar de manutenção preventiva ou corretiva. Os cuidados básicos como balanceamento de pneus e troca de óleo são realizados com frequência por um servidor. 

A ambulância própria do Samu ainda está na oficina licitada. Como o conserto está demorando, Carvalho está analisando os trâmites necessários para notificar a empresa. No momento os atendimentos estão sendo feitos com o veículo da Saúde. Quando o serviço é suspenso, os chamados são direcionados para o Corpo de Bombeiros. 

Ambulância avançada

De acordo com o coordenador do Samu, Brusque terá uma ambulância avançada para atendimentos, como transferências inter-hospitalares. A vinda do veículo ainda não foi definida pois está em fase dos trâmites burocráticos. 

Quando a equipe não estiver em ocorrência, poderá atender aos chamados do Samu. “É outra solução que também vai dar apoio”, finaliza.