Prefeitura e ambulantes definem locais para venda de alimentos na praça da Cidadania
Praça Gilberto Colzani está momentaneamente descartada; vendedores conseguiram mudar projeto original
Os comerciantes ambulantes de alimentos que atuam no Centro de Brusque definiram, em reunião realizada na prefeitura, os pontos para os quais eles serão alocados na praça da Cidadania, de acordo com o decreto que regulamenta lei 271/2017.
O projeto original foi alterado, como pedido pela categoria: os ambulantes serão espalhados pela praça da Cidadania, distribuídos em 14 pontos, e não mais dentro do estacionamento, como definido inicialmente. A praça Gilberto Colzani, que estava dentro do projeto inicial, está descartada.
Estavam presentes representantes de dez estabelecimentos que estão hoje alocados em ruas do Centro. Eles sortearam entre si a ordem do direito de escolha de um dos 14 pontos disponíveis para instalação de food trucks.
Além dos esclarecimentos e do sorteio que definiu as escolhas de espaço, a reunião teve etapas com o secretário de Desenvolvimento Econômico, João Beuting, e com representantes do Corpo de Bombeiros, do Instituto Brusquense de Planejamento (Ibplan) e da Vigilância Sanitária. Os ambulantes fizeram questionamentos e esclareceram dúvidas em relação à regularização de pessoa jurídica, regulações técnicas e alvarás.
A prefeitura se compromete a fazer reformas de revitalização no espaço físico da praça da Cidadania, como os banheiros. Haverá também uma nova iluminação. “Pretendemos também trazer eventos, com música ao vivo, apresentações, para chamar o público”, afirma o secretário de Governo e Gestão Estratégica, William Molina. Tudo deverá estar pronto até 19 de abril.
O governo estudará o horário de funcionamento, que a princípio estava definido entre 18h e 2h. Diante da solicitação dos ambulantes, uma nova proposta, entre 10h e 2h, será debatida entre a Procuradoria e o Ibplan, para que o atendimento seja ampliado.
Ambulantes seguem críticos à lei
Luciana Morelli, do Food Fitness, é crítica em relação à lei, mas acredita que a mudança será boa, desde que a prefeitura cumpra com todos os seus compromissos no projeto. “Eu achei melhor na praça, porque libera o estacionamento. Mas a medida de tirar todos das ruas do Centro é desnecessária. Poderíamos ficar onde estávamos.”
“Não queria sair do Centro de jeito nenhum. Mas entre o estacionamento e a praça, que seja na praça. Não temos noção do que será aquilo lá, mas a expectativa é grande. Só queremos trabalhar tranquilos”, diz Francisco César dos Santos, proprietário do Chicão Hot-Dog, que atualmente está alocado na avenida Cônsul Carlos Renaux.
Maicon Bittelbrunn, proprietário do Hot Dog Alemão, não pretende aderir ao projeto e deverá trabalhar em um ambiente privado. “Estou em dúvida entre dois lugares diferentes na rua Felipe Schmidt, um fixo com aluguel, já construído, e um outro seria um terreno para eu construir instalações com banheiros”, explica. Ele estima que 90% dos seus pedidos são feitos para viagem e, por isso, não acredita que sua clientela irá se deslocar até a praça.
Recomendações dos bombeiros
No caso dos food trucks, os bombeiros emitem um atestado de firma não estabelecida, por não se tratarem de edificações. Não haverá custo para taxas com bombeiros. A renovação é anual. O tenente Jacson Luiz de Souza reforçou a necessidade de cuidados com os botijões de gás.