Ammvi busca parcerias para produção de energia em aterro sanitário de Timbó
Prefeito de Botuverá, que preside associação, afirma que projeto será realizado com a iniciativa privada
O prefeito de Botuverá, José Luiz Colombi, o Nene, que preside a Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi), anunciou que serão feitos investimentos no aterro sanitário de Timbó, ligado à associação e administrado pelo Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (Cimvi).
Segundo Nene, trata-se de um projeto amplo para melhorar o manejo e a destinação dos resíduos sólidos dos nove municípios consorciados ao Cimvi, entre eles, Guabiruba e Botuverá.
O objetivo mais ousado é firmar parcerias com a iniciativa privada para geração de energia a partir do lixo orgânico depositado no aterro.
O prefeito de Botuverá informa que o município passa a mandar o seu lixo para Timbó, já que recentemente foi encerrado o contrato com a Recicle, que possui aterro em Brusque. Inclusive, o município adquiriu parte do patrimônio do aterro.
Tratamento de resíduos sólidos
Ele explica que existe um termo de ajuste de condutas assinado pelos municípios junto ao Ministério Público, o qual obriga os municípios a melhorarem o tratamento dos resíduos sólidos, daí a necessidade de se fazer investimentos no aterro sanitário.
“O que estamos fazendo na Ammvi agora é resolver o problema do lixo definitivamente, por meio do consórcio, inclusive com orientações do Ministério Público”, diz Nene.
Com recursos próprios do consórcio, será construído no aterro uma sede administrativa e um galpão para triagem do lixo vindo dos municípios.
Além disso, em cada uma das cidades participantes, também com recursos próprios do consórcio, será implantada uma estação de recebimento de materiais recicláveis, como móveis, usados, geladeiras, televisões e pilhas.
“Vamos ter um ponto de entrega no município, depois o consórcio busca e dá o destino final. E também a coleta seletiva vai ser feita pelo consórcio”, explica o presidente da Ammvi.
Ideia é parceria público-privada
Conforme Nene, apesar de ser dado o destino ao lixo reciclável, o lixo orgânico que sobra também precisa ser utilizado. Para isso, a ideia é fazer uma parceria público-privada para geração de energia a partir desse material.
O projeto da estação já existe, e foi feito por meio de parceria com comitiva alemã que visitou a região nos últimos anos.
A intenção é de que a geração de energia no local seja feita por meio de concessão, cuja empresa vencedora seria obrigada a implantar a infraestrutura.
Hoje, Blumenau e Brusque não fazem parte do consórcio e, portanto, não poderão usufruir da estrutura. Segundo Nene, existem conversas em aberto com Blumenau e outros municípios, como Jaraguá do Sul, Massaranduba e Luis Alves, para composição do consórcio.