Ampebr 30 anos: conheça a história da Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque

Entidade foi criada com o objetivo de fortalecer o polo têxtil do município

Ampebr 30 anos: conheça a história da Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque

Entidade foi criada com o objetivo de fortalecer o polo têxtil do município

Em 5 de setembro de 1990, teve início a história de uma das entidades mais importantes de Brusque. Fundada como Associação da Indústria e Comércio da Azambuja (Aica), a entidade foi criada com o objetivo de unir os empresários do segmento têxtil que vivenciavam o auge da pronta-entrega na cidade com as confecções da Rua Azambuja. A entidade teve como primeiro presidente o empresário Carlos Hildebrand.

Com o passar do tempo, a associação foi se fortalecendo e ajudando os empresários a enfrentar os desafios que surgiam. Do auge da Rua Azambuja até a queda, muita coisa mudou. E mais do que nunca o suporte da entidade foi necessário para ultrapassar o momento de grave crise do setor.

Reunião da AICA em fevereiro de 1997, com o então presidente da Fampesc, Haroldo Neitzke, quando houve a mudança para Ampebr | Foto: Arquivo Ampebr

Com a criação da Federação das Associações das Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Fampesc), a Aica mudou seu nome para Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque (Ampebr), dando início a uma nova fase para o polo têxtil da cidade.

“Sozinho é mais complicado para o empresário encarar as dificuldade. Quando o empresariado se une, emprega o associativismo, a coisa acontece melhor. Você tem mais força. A Ampebr surgiu no momento que os empresários de confecção estavam passando por uma crise grande e resolveram se unir”, afirma o presidente da entidade, Ademir José Jorge.

Ademir José Jorge é o presidente da Ampebr | Foto: Ampebr/Divulgação

A semente que foi plantada pelos empresários há 30 anos, hoje proporciona não só ao setor têxtil, mas a outros segmentos como o de cervejeiros artesanais e motoristas autônomos, bons frutos.

Os núcleos

Atualmente, a Ampebr conta com 250 empresas associadas e está dividida em núcleos. O primeiro é o Núcleo Têxtil, criado em 2014 para reunir empresários do mesmo ramo de atividade para troca de experiências e contatos.

Em 2017 foi criado o Núcleo de Cervejeiros Artesanais para estimular a produção artesanal da cerveja através do associativismo. Dentro do núcleo foi criada a Cooperativa Cervejeira Sul, com o objetivo de orientar e auxiliar os cervejeiros a empreender.

Núcleo de Cervejeiros Artesanais foi criado em 2017 | Foto: Ampebr/Divulgação

Em março de 2018 foi criado o núcleo que trata sobre a Certificação da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex). Neste núcleo, os participantes tiram dúvidas e são auxiliados nos trâmites para obter e manter a certificação.

O núcleo mais recente criado na entidade foi o Núcleo de Motoristas Autônomos, em 2019. Com o auxílio da entidade, os participantes do núcleo podem promover parcerias, realizar convênios e buscar em conjunto processos de formalização e benefícios para a categoria.

“A entidade não visa lucro. O que queremos é colaborar com os associados e proporcionar ferramentas que os ajudem a crescer”, destaca o presidente.

Núcleo dos Motoristas Autônomos é o mais recente da entidade | Foto: Ampebr/Divulgação

Pronegócio é destaque

Durante os 30 anos da entidade, uma iniciativa que deu muito certo foi a criação da rodada de negócios: a Pronegócio.

O modelo tem como objetivo conectar fabricantes e compradores em um só lugar e surgiu em 1996, após a participação de Luiz Carlos Rosin em uma rodada de negócios na Argentina.

A ideia foi adaptada para a realidade de Brusque e 24 anos depois, já foram realizadas 52 edições do evento – quatro por ano – , que trazem para a cidade compradores de todas as regiões do país.

Pronegócio surgiu em 1996 | Foto: Ampebr/Divulgação

“A Pronegócio surgiu no Bandeirante quando alguns associados se uniram para trazer compradores de vários lugares do Brasil. Com o passar dos anos o evento foi crescendo. Passou a ser realizado no Hotel Monthez e depois no pavilhão da Fenarreco, onde ocupa um espaço de 4,5 mil metros quadrados. A cada edição reunimos em torno de 200 fabricantes e 800 a mil compradores de todo o Brasil”, destaca Ademir Jorge.

O atual presidente da Ampebr ressalta a presença de compradores e fabricantes que participam da Pronegócio desde a primeira edição. Para muitos fabricantes, inclusive, o evento é a principal oportunidade de vendas dos produtos.

“Hoje temos um valor agregado nos produtos. A Ampebr é responsável por essa melhora de qualidade, porque não queremos que os compradores venham apenas uma vez. Queremos que eles sempre voltem. Para isso, o produto tem que ter qualidade, estar dentro das tendências e a Pronegócio ajuda a movimentar essa cadeia. Na Pronegócio todos têm oportunidades iguais de vender”.

Novo formato

A pandemia da Covid-19 impediu que a Pronegócio fosse realizada em seu formato tradicional neste ano. Sabendo da importância que o evento tem para muitas micro e pequenas empresas da região, a Ampebr conseguiu adaptar o modelo e realizar a Pronegócio de forma online, evitando que muitas empresas perdessem seu principal mercado.

Neste ano, Pronegócio teve duas edições online | Foto: Ampebr/Divulgação

“Em pouco tempo criamos uma plataforma de vendas com layout parecido com a Pronegócio presencial, em que os compradores conseguem navegar pelo showroom, todas as fabricantes tem fotos padronizadas de seus produtos, tendo as mesmas oportunidades”.

A primeira Pronegócio online foi realizada em julho e a segunda edição encerra nesta sexta-feira, 4. “Esta foi mais uma forma que encontramos para beneficiar os nossos associados. Tudo o que fazemos é em prol do desenvolvimento dessas empresas, não apenas no têxtil, mas em todos os setores”, diz. 

Suporte tecnológico

Além da Pronegócio, a Ampebr realiza diversos eventos, oficinas, palestras, visitas técnicas e também auxilia as empresas dando suporte tecnológico.

Para as empresas do setor têxtil, a entidade tem o Labfashion, um espaço em que as empresas podem utilizar para fazer o desenvolvimento das peças, com os equipamentos de modelagem e encaixe, além de software com impressora.

Sala de moda na sede da Ampebr para os associados | Foto: Divulgação

“Hoje temos 100 empresas que utilizam o Labfashion e utilizam o serviço a preço de custo. Muitos desses equipamentos tem um custo muito alto, então não são todas as empresas que conseguem, por isso, disponibilizamos esse serviço para nossos associados”.

De acordo com Ademir, o objetivo da Ampebr é proporcionar ferramentas para ajudar a fortalecer as micro e pequenas empresas da cidade. “Sinto um orgulho grande. Pra mim é uma honra ser presidente da Ampebr, uma entidade que traz tantos resultados para nosso município”.

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo