Análise da temporada do Brusque até o momento
Passada a final do catarinense e a atuação desastrosa, pra ser bonzinho, de Ramon Abatti Abel e Rodrigo Dalonso no Heriberto Hulse, o Brusque encerra essa primeira fase com um bom legado para o resto da temporada. Claro, esse time atual precisa e deve ser reforçado para a Série B, mas é necessário falar desse […]
Passada a final do catarinense e a atuação desastrosa, pra ser bonzinho, de Ramon Abatti Abel e Rodrigo Dalonso no Heriberto Hulse, o Brusque encerra essa primeira fase com um bom legado para o resto da temporada. Claro, esse time atual precisa e deve ser reforçado para a Série B, mas é necessário falar desse ano, onde o time chegou a namorar a eliminação, mas acabou finalista e com vaga na Copa do Brasil do ano que vem, sem precisar jogar esse estorvo chamado Copa Santa Catarina, uma competição deficitária ao extremo onde só o campeão tem motivo pra comemorar.
O Brusque iniciou o campeonato vencendo o Barra em Itajaí, o que deu sinal de o time iria voar na primeira fase. Seguiram empates contra a Chapecoense e Figueirense no campo pesado de Balneário Camboriú, onde não se via um foco de time vencedor. Daí, foi só ladeira abaixo, com derrotas para Nação e Inter de Lages, um empate contra o JEC onde o time merecia ser goleado, e outro empate contra o Hercílio. A situação era crítica. A partir das vitórias sobre Avaí e Criciúma fora de casa, parece que houve virada de chave. A goleada sobre o Marcílio Dias foi o sinal que a conversa deu certo, e o time disparou para a final jogando aquilo que a gente esperava. O título foi escapando das mãos num erro de cálculo de Luizinho Lopes no jogo de ida. Houve a oportunidade de ir pros pênaltis na volta, mas o que aconteceu, todos já sabem.
A Série B começa semana que vem (a CBF até agora não disse a data), com o Brusque já garantido na Copa do Brasil do ano que vem e ainda presente na edição desse ano, com a vaga na terceira fase e a chance de fazer uma boa grana, dependendo do adversário que vier no sorteio. Enquanto a parte financeira está bem mais tranquilizada, o time foi ao mercado para engordar o elenco para uma competição de 38 rodadas.
O Brusque foi vice-campeão estadual sem ter um meia de ofício, tendo Rodolfo Potiguar e Dionísio como peças importantes pra fazer a engrenagem funcionar. Já vieram dois para a posição, assim como veio mais um zagueiro, Maurício, que não fez lá uma grande temporada passada no Figueirense. Existe um time-base e isso é positivo, enquanto tem time aí, como a Chapecoense, que partiu pra reformulação total. O trabalho para qualificar não é fácil em um mercado onde tem dirigente torrando o dinheiro recebido das Ligas, mas o trabalho da diretoria pode render bem.
Será uma Série B onde o Brusque não sabe quando jogará no novo Augusto Bauer e terá em Itajaí a sua casa provisória no Brasileiro, com tabela muito dura nas rodadas iniciais. É necessário dar um tempo para digerir o que aconteceu em Criciúma, mas a vida tem que continuar.
Estádio
A semana teve mais uma reunião no gabinete do prefeito André Vechi com as diretorias do Brusque e do Carlos Renaux para ver a situação das obras do Estádio Augusto Bauer, que estão atrasadas. A diretoria do Vovô ficou de trazer um cronograma de obras em outra reunião para se ter uma estimativa de quando tudo vai ficar pronto. E o negócio vai se tocando assim: de reunião em reunião e sem uma data certa, com toda a parte financeira já resolvida.
Desorganização!
Falta uma semana para começar a Série B, e até o momento que fecho essa coluna, ninguém sabe as datas e horários da primeira rodada. Isso é como a CBF tem tratado o produto.
Tá certo!
A diretoria do Brusque acertou em não mandar ninguém para a festa de encerramento do Campeonato Catarinense, na última segunda-feira, em Florianópolis. Foi um protesto silencioso que acabou esvaziando e repercutindo no evento.
Punição
O Brusque acabou sendo punido com a perda de seis mandos de campos no estadual pelos incidentes da partida contra o Avaí, na Arena Joinville. É um problema grande que o clube terá que lidar, até porque essa punição terá que ser paga na primeira fase do catarinense do ano que vem, até porque o time não deve jogar a Copa Santa Catarina. Punição dura, que pode ter sido potencializado pela atitude de distribuir ingressos gratuitos para o jogo. Agora o trabalho para o recurso no Pleno terá que ser muito bem feito para evitar grande prejuízo no ano que vem.