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Anatel confirma obrigatoriedade do nono dígito em celulares de todo o país até 2016

Processo teve início em São Paulo em 2012, mas em Santa Catarina só deve ocorrer no último ano do prazo

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) confirmou na tarde desta quinta-feira, 25 de outubro, que todos os números de celular do país terão nove dígitos até 31 de dezembro de 2016. A decisão tem como principal objetivo manter um padrão nacional para as discagens feitas para telefones móveis.

Atualmente, apenas os celulares com DDD 11 – região metropolitana de São Paulo – possuem o nono dígito. O 9 teve de ser adicionado ao antigo número de oito dígitos devido ao iminente esgotamento de novas combinações numéricas para a ativação de linhas móveis.

A proposta aprovada pelo conselho diretor da agência determina que até o fim de 2013 todo o interior do Estado de São Paulo terá de aderir ao nono dígito nos números dos telefones celulares.

Até 31 de dezembro de 2014, o processo será concluído também no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, no Amapá, em Amazonas, no Maranhão, no Pará e em Roraima.

Até o fim de 2015, devem ser incluídos os Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.

A inclusão do número 9 ocorrerá apenas em 2016 nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins e Rondônia.
Estudo

O estudo feito pela Anatel e obtido com exclusividade pela Folha de São Paulo mostra que, como a medida teve de ser adotada para os usuários de DDD 11, “estabeleceu-se uma situação de despadronização” no país, “prejudicando a compreensão dos usuários” e “podendo ter como consequência o encaminhamento das chamadas para destinos indesejados”, diz o documento.

Para evitar que os usuários tivessem dificuldade de completar as chamadas, a agência considerou necessário expandir a medida para todo país.

A obrigatoriedade evita que, no futuro, outros Estados precisem ser incluídos no mesmo modelo, cada um a seu tempo – o que poderia criar uma situação ainda mais complicada de entendimento pela população.

Por Julia Borba
Fonte: Folhapress