Andarilhos no Centro da cidade voltam a chamar atenção

Alguns passam o dia pela praça Barão de Schneeburg

Andarilhos no Centro da cidade voltam a chamar atenção

Alguns passam o dia pela praça Barão de Schneeburg

Todos os dias eles vão pedir almoço no restaurante do comerciante Erivan Coelho, situado na avenida Monte Castelo, Centro de Brusque. Vêm da Praça Barão de Schneeburg, ou de outros lugares em que se escondem ou não, mas sabem que o combinado para ganhar o almoço é chegar depois das 14 horas. 

O comerciante conta que os andarilhos que chegam por ali para pegar almoço, já arranjaram encrenca porque queriam ganhar comida no horário do meio-dia.  Agora, já entenderam as regras.  Na opinião de Coelho, ninguém deveria dar esmolas, comida ou pedir qualquer coisa no sinal. 

Acho que o governo tem obrigação de dar comida, moradia e serviços de saúde para quem não tem. Isso porque metade do meu trabalho vai para o governo em impostos. Então eles têm a obrigação.
 
O comerciante acrescenta que Brusque deveria ter abrigos, aos moldes do que viu em Curitiba. Nestas ‘casas de passagens’, os moradores de rua encontrariam um local apropriado para tomar banho, dormir, comer. E quem sabe recomeçar a vida. 

O que diz o Creas 

A coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Mara Dutra Faria, explica que os profissionais do setor fazem algumas abordagens aos moradores de rua, oferecendo os serviços públicos. 

– Temos a dificuldade da adesão deles quando fazemos os encaminhamentos. Porque lá, na praça, ou outros lugares, estão alcoolizados, ou fizeram uso de algum outro tipo de substância.  

Mara explica que são oferecidos serviços que a prefeitura disponibiliza através do Creas e encaminhamento ao CAPSad (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas). A coordenadora acrescenta que já foi questionada sobre a possibilidade de oferecer aluguel-social para os moradores de rua. 

– O aluguel social tem que ter uma contrapartida deles. Tem o valor do auxílio de R$400, mas o restante, água, luz, tem seria com eles – detalha Mara, acrescentando que foi feita uma experiência sem sucesso com pessoas retiradas da rua.

Há ainda o projeto para implantar em Brusque o serviço da Casa de Passagem. Esta casa seria um local de acolhida para os moradores de rua. No entanto, a coordenadora do Creas revela que há dificuldades para conseguir uma casa para alugar. 

**Na edição de sexta-feira, 3 de agosto, leia a reportagem completa nas páginas do MDD e conheça a opinião de quem trabalha no entorno da praça e de quem passa o dia no coreto. 
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