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Santa Catarina tem quatro das 10 cidades com maior valorização imobiliária no Brasil

O preço dos imóveis residenciais no Brasil teve alta de 5,29% em 2021, conforme nova pesquisa divulgada pelo Índice FipeZap. Este é o maior reajuste desde 2014, quando o aumento foi de 6,70%. E mais, corrobora o movimento do mercado, principalmente no mercado de luxo, que vem registrando altas cifras de negociação e não sentiu os impactos da pandemia.

Muito pelo contrário, as construtoras vêm apresentando, em ritmo acelerado, novos produtos ao mercado, e com índices positivos de faturamento e valorização imobiliária. Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o setor registrou um crescimento de 32% em 2021 nas vendas de imóveis de luxo. Além disso, há uma projeção de alta de 20% até 2023, apontam estudos feitos pelo Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra e Venda de Imóveis de São Paulo). Nesse contexto, Santa Catarina vem se destacando no cenário nacional, com quatro das 10 cidades com maior valorização imobiliária, segundo a pesquisa:

1. São Paulo (SP) – R$ 9.708 por m²
2. Rio de Janeiro (RJ) – R$ 9.650 por m²
3. Balneário Camboriú (SC) – R$ 9.358 por m²
4. Itapema (SC) – R$ 8.856 por m²
5. Brasília (DF) – R$ 8.788 por m²
6. Florianópolis (SC) – R$ 8.582 por m²
7. Vitória (ES) – R$ 8.562 por m²
8. Itajaí (SC) – R$ 7.909 por m²
9. Barueri (SP) – R$ 7.748 por m²
10. Curitiba (PR) – R$ 7.518 por m²

O número foi obtido com base nos valores anunciados na internet referentes a moradias em 50 cidades brasileiras.

A cidade com maior valorização em Santa Catarina é Balneário Camboriú. A valorização vem impulsionada pelas recentes transformações na cidade, como o alargamento da praia central e a revitalização de todo projeto paisagístico.

A expectativa do segmento é que a valorização média, após o alargamento, seja imediata e de até 20%, levando em conta cálculos da consultoria norte-americana Appraisal Institute para empreitadas similares. E esses números já se refletem na prática.

A FG Empreendimentos, que figura como uma das principais construtoras do país, obteve resultado recorde de vendas no último ano. “Em 2021 vendemos 70% a mais do que a meta, registrando crescimento de 132% em relação a 2020. Vale ainda ressaltar o desempenho do último trimestre de 2021, quando a companhia comercializou 250% a mais do que no mesmo período de 2020”, aponta o empresário Jean Graciola, presidente da FG Empreendimentos.

A empresa reforça que seu planejamento estratégico contempla o lançamento de 15 novos empreendimentos para os próximos três anos. “A valorização dos imóveis em 2021 ultrapassou 50% em alguns empreendimentos e na média registramos dados acima dos 30%. Esses números reforçam para o investidor que o mercado imobiliário se mantém aquecido e, também, consolida ainda mais nosso produto. Somos uma empresa capitalizada, auditada pela Ernst & Young, visionária e que vem atuando, há mais de 20 anos, no desenvolvimento do destino Balneário Camboriú”, pontua

Para o diretor de mercado e marketing da FG Empreendimentos, Altevir Baron, os dados corroboram a aposta da empresa em ampliar os investimentos na região, fortalecendo ainda mais o destino turístico em Balneário Camboriú e possibilitando o aporte de novos investidores na cidade. Com quase cinco mil unidades já entregues, a FG Empreendimentos projeta seis grandes lançamentos até março de 2022, em regiões estratégicas de Balneário Camboriú e a Praia Brava em Itajaí, outra cidade apontada na pesquisa.

Ainda no litoral catarinense, Porto Belo também vem chamando atenção no mercado. A Phacz, construtora há 15 anos no mercado e que vem crescendo principalmente no litoral norte catarinense, já possui empreendimentos em Brusque, Itapema e Porto Belo, vem inovando a cada projeto trazendo cada vez mais qualidade e rentabilidade em seus projetos.

A construtora lançou recentemente o primeiro empreendimento com certificação LEED do estado, o Blue Forest, com o selo “Liderança em Energia e Design Ambiental” da Green Building Council Brasil. É o segundo empreendimento no sul do país com essa certificação. Esse selo tem grande relevância para a comprovação dos trabalhos sustentáveis feitos no empreendimento, que vão desde o projeto até a construção, como por exemplo: sistemas eficientes capazes de reduzir o consumo de água em 28% e de energia em 35%.

“Não tem como ter um prédio sustentável se ele não é eficiente, consome menos energia e água, mas que faz isso sem sacrificar o conforto. Então tem um menor custo operacional, tanto do ponto de vista do condomínio quanto do seu próprio apartamento. Mais conforto, menos ar-condicionado, menos consumo de energia. E é óbvio que se você fizer tudo isso, está usando recursos naturais de forma mais inteligente, reduzindo o tamanho do impacto ambiental”, explica Guido Petinelli, consultor e responsável pelo projeto de sustentabilidade do Blue Forest.

Além disso, o brusquense Cézar Zanon, diretor da Phacz Empreendimentos, aponta que a valorização média dos imóveis com assinatura Phacz varia entre 70 e 80%, podendo, em alguns condomínios, se adquiridos em planta, a alcançar o patamar de 100% de rentabilidade. Tudo isso impulsionado pelo desenvolvimento ordenado. Em dezembro de 2021, a prefeitura de Porto Belo contava com 90 projetos aprovados, o que nos próximos quatro, cinco anos, criará uma nova demanda no litoral.

E por falar em novas demandas, a Wert apresentou recentemente ao mercado um condomínio de lazer que terá o primeiro campo de golfe iluminado do Brasil. A empresa irá empreender na cidade de Porto Belo, numa área própria de mais de 830 mil metros quadrados – espaço correspondente a 116 campos de futebol.

O empreendimento contará com duas certificações internacionais: a certificação Cities para condomínios sustentáveis e a certificação Fitwell, para garantir o bem-estar das pessoas, inédita no estado, uma das primeiras do Brasil e que são direcionadas a construções mais sustentáveis e saudáveis, que permitem melhorar a qualidade de vida de seus moradores e usuários.

“Estamos localizados numa região estratégica, em um eixo logístico, próximos ao aeroporto de Itajaí, Florianópolis e ao aeroporto privado Costa Esmeralda, em uma região com uma forte valorização econômica impulsionada pela crescente busca de qualidade de vida”, destaca o sócio diretor da Wert, Richard Schwambach. Além disso, o empresário destaca que a topografia do empreendimento é um grande diferencial.

“Estamos próximos ao mar e das montanhas, em uma área espetacular e que trará para Santa Catarina grandes investimentos, um complexo de lazer exclusivo com certificações internacionais. Teremos um produto que irá atrair públicos distintos, que buscam conforto e qualidade de vida, tanto para lazer quanto para investimento. Localização, infraestrutura e o potencial da região irão contribuir para o desenvolvimento de toda a Costa Esmeralda”, completa.

Ao falarmos de valorização imobiliária, a expectativa é alta. “Em condomínio de lotes de alto padrão, do lançamento até a sua entrega, nesse empreendimento projetamos uma valorização superior a 50%”, explica Richard Schwambach.

Atentas a esse movimento de mercado, as marcas têm apostado em soluções para atrair consumidores que tendem a valorizar experiências com produtos e serviços que sejam autênticos, aponta um estudo da consultoria GFK. O perfil do consumidor mudou bastante, com um aumento de até três dígitos no valor investido para estes produtos. Ainda segundo o estudo sobre luxo feito pela Consultoria Euromonitor International, o mercado de luxo teve expressivo crescimento na pandemia, tanto em faturamento quanto em lançamento de produtos. E mais, o estudo mostra que a projeção é que o mercado de luxo tenha alta de mais de 20% no Brasil até 2023, ou na faixa dos 4% ao ano.

Se a previsão se concretizar, o Brasil deve recuperar em 2021 o posto de maior mercado de luxo da América Latina, perdido para o México em 2014. Esses dados fortalecem as marcas que estão investindo neste mercado. Ainda sobre o crescimento deste mercado, o setor de luxo que mais crescerá será o chamado “luxo de experiência”, com alta de 48,2% esperada até 2023.