André Vechi e Nik Imhof voltam a ter conflitos em sessão da Câmara de Brusque
A relação entre André Vechi (DC) e Nik Imhof (MDB), dois nomes fortes da base do governo Ari Vequi (MDB) na Câmara de Brusque, continua tensa. Na sessão desta terça-feira, 30, os dois mais uma vez trocaram farpas.
O desentendimento entre os dois retornou na discussão do projeto de autoria de Imhof que alteraria a extensão da rua Benno Imhof, no São Pedro, que foi enviado para votação sem parecer.
Vechi, que é relator do projeto em comissão, justificou que o texto estava em análise de possíveis equívocos por suspeita de abuso de poder político e econômico na Secretaria de Obras para instalação de infraestrutura para benefício particular, já que a via só dá acesso a dois imóveis, um deles da família de Imhof. Segundo ele, não ficou claro após questionamentos tanto à prefeitura, quanto ao vereador, quem realizou essas obras na rua. O vereador sugeriu que o texto fosse reprovado e refeito no ano que vem.
Na sequência, Imhof afirmou que já havia dado todas as explicações a Vechi, reforçou que a via é de domínio público e disse que o problema do colega é pessoal.
“O vereador disse que não tem problemas pessoais comigo, mas chegou a protocolar ofício na Fundema questionando se havia loteamento clandestino no local, fez reunião com a superintendente, que disse que não tem nada de errado. Mas ele não acredita, pega outras licenças ambientais minhas, diz que eu tenho mais coisas erradas, que tenho um rolo com um outro superintendente da Fundema, que ia achar um furo meu. Isso é pura pessoalidade”.
Vechi disse que estava surpreso com a postura agressiva do colega, o desafiou a provar que teve uma conversa desse tom com a superintendente da Fundema e afirmou que estava em busca de informações claras para não fazer acusações injustas.
“É muito fácil fazer demagogia”
Imhof ainda disse que não entendia porque o vereador continuava o perseguindo. Ele também acusou Vechi de hipocrisia e mostrou prints de conversas de 2020 afirmando que o colega entrou em contato com ele pedindo alargamento de uma rua não oficial no bairro Limeira, onde fica um sítio da família do vereador.
“Não tem problema nenhum, mas você não pode dizer que uso dinheiro público para benefício próprio. Graças a Deus, meu pai pagou com dinheiro dele a infraestrutura daquela via. Para a rua da família do senhor não tem problema nenhum? Uma via que nem é oficializada. É muito fácil fazer demagogia, mas quando é para os próprios interesses é tudo possível. O resquício do Vechi com o secretário de Obras é porque ele não conseguiu as máquinas da prefeitura no momento que ele pediu durante a campanha, brigou e ficou brabinho até hoje”.
A votação do projeto acabou sendo adiada por causa de pedido de vistas de Jean Dalmolin (Republicanos).
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Na sessão do dia 23, Vechi respondeu às críticas que recebeu de Imhof e Ivan Martins (DEM) sobre sua atuação como presidente da comissão de Constituição, Legislação e Redação.
Ivan e Nik reclamaram da demora da comissão para realizar os trâmites sobre o projeto que flexibiliza critérios para oficialização de ruas, do qual Vechi se manifestou contrário. Ivan inclusive afirmou que o colega estava “ferindo frontalmente o regimento” por ter indagado órgãos públicos acerca do texto.
Vechi disse que a proposta era “ruim para a população”, classificou as críticas como um dos maiores “absurdos que já viu desde que começou a acompanhar a política brusquense” e disse que aquele era o pior projeto da casa no ano.
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