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Animais de estimação x coronavírus: veterinários de Brusque esclarecem dúvidas

Cães e gatos podem ter o coronavírus canino ou felino, saiba como evitar

Uma dúvida muito comum entre os tutores é sobre a exposição dos animais de estimação ao novo coronavírus. O cachorro ou o gato podem pegar a doença? Podem transmitir o vírus para o humano?

O Município questionou médicos veterinários de Brusque sobre o assunto. De acordo com os profissionais, ainda não há registros sobre a transmissão da Covid-19 para os animais e muito menos sobre eles transmitirem o vírus para os humanos.

Porém, o veterinário José Antônio Gesser Júnior, da Zeca Clinica Veterinária, explica que existem outros tipos de coronavírus que afetam cachorros e gatos, mas não estão relacionados com a Covid-19.

“O coronavírus existe também em animais, mas não é a Covid-19, é uma outra espécie, tanto é que nos cães, a coronavirose causa infecção do intestino e no humano, o novo coronavírus causa insuficiência respiratória aguda. O vírus na sua origem era o mesmo, mas com o passar do tempo foi sofrendo mutações até chegar na doença que conhecemos hoje”.

O veterinário Eduardo Gevaerd, da Vitavet, lembra que já existe a vacina contra o coronavírus canino, que está dentro do calendário anual de vacinação do animal, assim, quem mantém as vacinas do cachorrinho em dia, também o protege dessa doença.

Entretanto, de acordo como veterinário, o coronavírus felino provoca nos gatos a peritonite infecciosa felina. O vírus infecta os gatos através do contato com fezes infectadas, que pode ocorrer quando eles cuidam um do outro ou quando compartilham bandejas sanitárias ou tigelas de comida. Até o momento não há vacina disponível contra a doença felina.

É importante lembrar que tanto o coronavírus canino quanto o felino não afetam os humanos.

E se o tutor for diagnosticado com a Covid-19, pode afetar de alguma forma o animal? Por se tratar de uma doença nova, a recomendação é que os infectados evitem ter contato com o pet. A veterinária Amanda Rister, da Pet Center, explica que o tutor infectado ao espirrar ou tossir, poderá espalhar partículas com vírus na pelagem do animal.

“Até o momento, não há informação de que o animal desenvolva a doença em si, mas se o pelo estiver contaminado e outra pessoa o tocar, não há garantia de que não haverá transmissão”.

Isolamento dos pets

Os veterinários lembram da importância de manter o isolamento durante a pandemia.

“O ideal é que as pessoas não fiquem circulando sem necessidade pelas ruas, o que também vale para os passeios com os animais de estimação. Se for de extrema importância para a rotina do pet, caso ele seja acostumado a fazer suas necessidades fora de casa, recomenda-se que faça um passeio rápido e apenas perto da residência, minimizando o máximo o tempo de exposição à rua”, destaca Eduardo.

Em caso de passeio com o pet, é importante fazer a higienização da casa com mais frequência, com os produtos específicos após o retorno do passeio.

Os veterinários destacam que no período de isolamento social os animais também podem sentir o estresse de ficar mais tempo em casa. Para diminuir os efeitos, o recomendado é aumentar o tempo de brincadeiras dentro de casa, mas sempre com muito cuidado para não acabar lesionando o animal.

“Uma boa dica é realizar atividades que haja interação tutor e pet, como brincadeiras com bolinhas e frisbee. Esconder objetos que eles gostam auxilia no desenvolvimento do olfato e curiosidade. Brinquedos mastigáveis aliviam o estresse, principalmente quando os filhotes estão desenvolvendo a dentição. Brincadeiras com petiscos, esconde-esconde e ensinar alguns truques, auxiliam na redução do estresse e fortalecem a relação tutor e pet”, recomenda a veterinária Amanda Rister.

Em casa também é recomendado manter a alimentação nos horários rotineiros, ter água fresca sempre disponível e evitar contato com pessoas infectadas com o vírus e aglomerações.