Animais voltam ao Parque Leopoldo Moritz, em Brusque

José Valmor Vogel, que ocupa o local, comprou novas aves para movimentar o lago; sem conhecimento da prefeitura

Animais voltam ao Parque Leopoldo Moritz, em Brusque

José Valmor Vogel, que ocupa o local, comprou novas aves para movimentar o lago; sem conhecimento da prefeitura

Há algumas semanas, os visitantes do parque Leopoldo Moritz se depararam com novos animais habitando o lago principal do parque. Patos, gansos e marrecos agora compõe a paisagem do local, que desde o fim do ano passado, estava vazio, já que todas as espécies que viviam ali foram levadas ao parque Zoobotânico – por determinação da Justiça – devido à reforma feita no espaço. Com a conclusão das obras, a prefeitura não permitiu o retorno dos bichos.

Ainda não há uma decisão se os antigos animais – cerca de 60 – voltarão ao parque. Enquanto isso, José Valmor Vogel, que disputa na Justiça o direito de morar e explorar comercialmente o espaço do parque – comprou novas espécies para habitarem o local. “Eu comprei faz algumas semanas. A promessa é que os outros animais voltem para cá, enquanto isso, eu comprei as aves, porque elas dão mais movimento no lago”, diz.

Segundo ele, os visitantes aprovaram sua iniciativa. “Muitos elogiaram. Quando os animais foram levados daqui, muita gente reclamou. Hoje, estão contentes de novo, muita gente até traz pão para alimentá-los”.

A prefeitura, por meio da Procuradoria Geral do Município, informa que não tinha conhecimento sobre os novos animais do parque. “Não temos notícia de que o ocupante do parque recebeu alguma autorização para colocar os animais lá, silvestres ou não. O fato de ele estar ocupando o espaço não lhe dá liberdade de gerir o espaço como bem entender, especialmente pelo fato de sua ocupação estar em litígio, com sentença já proferida em seu desfavor”, diz o procurador-geral do município, Sergio Bernardo Junior.

No entanto, Bernardo Junior destaca que, tirando a questão jurídica, não vê motivo para que a prefeitura negue a autorização para a colocação de animais domésticos no local, já que a autorização do Ibama não é necessária. “Algumas aves como patos, marrecos, dentre outras, movimentam a água das lagoas, o que também é importante para a não proliferação de larvas e mosquitos, alguns até causadores de surtos endêmicos ou epidêmicos como estamos vendo atualmente. Além disso, sabe-se que os animais divertem os visitantes, especialmente as crianças, e o parque é estruturado justamente para o lazer”.

O procurador afirma ainda que é importante que Vogel preserve o local em adequadas condições higiênico-sanitárias e que sempre peça autorização para colocar ou manter os animais no parque. “Ainda que ele detenha a posse provisória por conta do recurso judicial interposto, a propriedade do local continua sendo pública e não dele”.

 

 

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