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Aniversário de Braille: dono de primeiro cão-guia de Brusque percebe melhora da acessibilidade

Cachorro completou oito anos de vida e está com Sidnei Pavesi desde 2015

Braille, o primeiro cão-guia de Brusque, está com Sidnei Pavesi há seis anos. No fim de março, ele completou oito anos de idade. Na empresa onde Pavesi trabalha, uma festa foi organizada para comemorar mais um aniversário do cachorro, que mudou a vida de seu dono.

Pavesi conta que a chegada de Braille melhorou consideravelmente sua qualidade de vida e que também já o salvou de várias enrascadas.

“A primeira vez que eu não obedeci o comando dele, eu estava atrasado para ir ao banco, caí em um buraco no Centro da cidade, foi até notícia do jornal O Município. Eu não quis fazer o que ele me pediu e acabei tendo esse acidente. A partir daquele momento, eu passei a confiar 100% nele. O Braille já me salvou de ser atropelado, de cair da ponte, é impressionante o que ele faz”, conta.

A relação de Pavesi e de Braille é ainda mais forte do que a comum entre dono e pet. Eles dormem no mesmo quarto, viajam juntos, é uma relação de 24 horas por dia. 

“Ele desvia de poça d’água, toldo rebaixado, de pessoas paradas na rua, me ajuda a atravessar a rua, vamos para a praia juntos. É uma relação muito intensa”.

Evolução em seis anos

Durante esse período de seis anos, Pavesi percebe uma evolução na infraestrutura da cidade em relação à acessibilidade para cegos. Ele acredita que o mais importante no momento é melhorar a acessibilidade atitudinal e a postura da comunidade em geral para que as diferenças sejam cada vez mais diminuídas.

Pavesi acredita que a chegada de Braille a Brusque mudou bastante a percepção das pessoas sobre cão-guias e as pessoas cegas. De forma geral, ele acredita que isso prepara o caminho para novos usuários.

“O Braille já entrou em praticamente todos os comércios do Centro. Não tem mais ninguém que desconhece a lei ou que nunca viu o Braille aqui em Brusque, penso que a cidade está preparada para mais cães-guias”.

Apesar da vontade de algumas pessoas na cidade de terem o cão-guia, os custos são um obstáculo. Pavesi conta que o investimento para cuidar de Braille é de, em média, R$ 400 por mês, e que é um valor alto para muitas famílias.

Para tornar mais acessível aos cegos a companhia de um cão-guia, a União Nacional de Usuários de Cães-Guia (UNUCG) está desde o começo do ano em busca de parceria para subsidiar parte do valor que é necessário para cuidar dos animais.


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