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Anônimos desta semana apresenta o massagista Jurandi

Ele não é um massagista comum, ele tira a dor das pessoas

Seu Jurandi já perdeu a conta de quantas pessoas já ajudou – Crédito: Sarita Gianesini
Italiano não fala baixo. Mesmo os mais carrancudos, quando desandam a falar, se empolgam, não economizam no volume. Mas esse não é o caso de seu Jurandi. Ele é do tipo expansivo de italiano: sotaque cantado e gestos largos. O caso é que pelo nome, só pelo Jurandi, não esperava encontrar aquele jeito italiano de ser. E é aí que se pega o jeito brusquense entranhado. 
Não há como fugir do clássico jeito brusquense de ser tendo vivido aqui desde sempre. Larguei mão da ideia inicial de começar perguntando pelo dom e fui é perguntar o que todo brusquense pergunta: “de onde o senhor é?” O sotaque e o sobrenome explicam tudo.

Seu Jurandi é de Botuverá, nascido no Ribeirão do Ouro, ou no ‘Oro’, como se diz. E, na prática, vi que quase sempre é melhor deixar de lado os discursos de identidade e só conversar. 

Parar e ouvir o que o outro tem a dizer. Escutei meio sem opção, porque havia fila na porta da casa dele. E como era fila de gente com dor, não ia eu me intrometer. Aguardei minha vez. Quem saía, o fazia mais leve. Com o incômodo da dor diminuído.
 
– É nega, mas tá nova agora, nega.    
**Conheça na edição de quarta-feira, a história do massagista de Águas Claras, conhecido em toda a região.