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Ao “camarada” Frei Betto

O tema de hoje poderá parecer de interesse puramente religioso, mas ilustra a força do chamado “marxismo cultural”, que afeta a todos.
Frei Betto é um dos ícones da chamada “teologia da libertação”, movimento que tenta reinterpretar o cristianismo a partir das ideias de Marx. Seu manual de OSPB é a exposição mais didática que conheço do marxismo, e sua proximidade com o terrorista Carlos Marighela e com Fidel Castro é amplamente conhecida.
Um artigo dele, chamado “A mulher promíscua”, comenta as discussões na Igreja sobre a melhor forma de acolher pessoas e famílias que não vivem conforme os cânones do sacramento do Matrimônio.
Ele começa afirmando que “família” é um conceito moderno, o que é uma transcrição literal de Marx (só faltou dizer que é um conceito burguês!), e que a Igreja precisa se adaptar “às novas formas de união conjugal”, inclusive às uniões homossexuais. Para tanto, cita que Jesus acolheu a mulher samaritana, que tivera cinco maridos e vivia com um homem com quem não era casada. O que ele se “esquece” de dizer é que o acolhimento de Jesus implica mudança radical no rumo da vida do acolhido. Jesus fez questão de frisar que a samaritana vivia em situação irregular. As prostitutas que o procuravam saíam do encontro com o compromisso de não mais voltarem à situação anterior. O mesmo aconteceu com os corruptos Zaqueu e Levi. Ao omitir esse “detalhe”, Frei Betto deixa uma lacuna enorme, dando a entender que a Igreja deve mudar sua doutrina e seus pressupostos para simplesmente aceitar qualquer tipo de comportamento como válido. Aliás, a moral sexual dos Evangelhos é muito mais severa que a da Lei de Moisés, e o frei, por dever de ofício, deveria saber disso. Mas sua fé no marxismo parece embotar seu entendimento.
O frei, irresponsavelmente, cita ainda, como fato, um boato, já desmentido, de que o papa teria ligado para uma mulher casada com um divorciado, na Argentina, autorizando-a a participar da comunhão (veja os links no blog). Sua atitude apenas fomenta a dúvida e o erro.
Esse jogo de mostrar e esconder, de acordo com o interesse e a conveniência é típico do discurso ideológico, ao qual as pessoas aderem mais pela emoção que pela razão, ficando ofendidas quando alguém lhes mostra que estão erradas. Esse jogo aparece também nas concepções de Educação, na interpretação dos fatos históricos ou nas intenções escondidas por trás de leis aparentemente inocentes. É o marxismo cultural mostrando a que veio.
Mais do que nunca é preciso exercitar a consciência crítica e buscar o esclarecimento.

http://oglobo.globo.com/sociedade/a-mulher-promiscua-12724834

http://www.acidigital.com/noticias/declaracao-do-vaticano-o-papa-francisco-nao-autorizou-a-comunhao-de-divorciados-67064/

http://radiocut.fm/audiocut/jacqueline-lisbona-manana-sylvestre-radio-del-plata/

Foi boato] Papa Francisco não autorizou, por telefone, mulher casada com divorciado comungar