Ao falar sobre segurança da urna eletrônica, TSE omite fato de equipamento ter tido origem em Brusque
História ignorada
Nos arquivos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estão várias notícias, lá mesmo produzidas, sobre a urna eletrônica no Brasil, novamente, neste ano, metida em muita controvérsia sobre sua segurança. O curioso é que não faz referência ao fato de ela ter tido origem em 1989, em Brusque, quando, por iniciativa do então juiz Carlos Prudêncio, foi realizada a primeira experiência de votação digital do país, com uso de micro-computadores.
Poder econômico
Corregedor-geral da Justiça Eleitoral, o ministro Jorge Mussi, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está diante de um caso de sua terra natal, mas com repercussão nacional, para deliberar. Envolve o presidente da empresa de ar condicionado Komeco, localizada em Palhoça, Denisson Moura de Freitas, denunciado pela coligação “O Povo Feliz de Novo”, encabeçada pelo PT, de ter gravado um áudio direcionado a funcionários solicitando que usem adesivos e camisetas de apoio a Jair Bolsonaro. Ao pedir a instauração de uma ação de investigação judicial eleitoral, a coligação petista pretende que, ao final da apuração, a corte eleitoral declare Bolsonaro inelegível por oito anos. A propósito, até a tarde de sexta-feira, a Procuradoria do Trabalho já havia recebido mais de 120 denúncias de pressão de empresários por voto.
Mídia
Espertamente, mas sem medir adequadamente a reação de seu leitor, a “Folha de S. Paulo” gastou páginas e páginas por conta do veto ao jornal, pelo Supremo Tribunal Federal, de entrevistar o ex-presidente Lula, na cadeia, antes das eleições de ontem. Era um palanque perfeito, para quem conhece as manhas lulistas. E agora está “chocada” com as condenações à sua iniciativa, feita em editoriais, pelos concorrentes “O Estado de S. Paulo” e “O Globo”. Mais uma façanha de Luiz Inácio Lula da Silva.
Memória
O governador Pinho Moreira gostaria de encerrar seu mandato e prestar uma homenagem póstuma à sua mulher, Ivane Fretta Moreira inaugurando a rodovia que já tem seu nome e que liga a BR-101 à SC-370, passando pelo bairro São Martinho, em Tubarão. Mas o cronograma está muito atrasado. E Raimundo Colombo, que tanto queria deixar o comando do Executivo com a ponte Hercílio Luz entregue ao tráfego, nem sabe mais quando isso vai acontecer.
Justiça agrária
João Pedro Stédile, o agitado e incendiário dirigente do Movimento Nacional Sem-Terra, raramente vem a SC, talvez porque não tenha palco, literalmente, aqui substituído pela Justiça Agrária do Estado, que poucos conhecem, mas é de uma eficiência ímpar. Desde sua criação, em 2000, em 99% dos casos, que quase são semanais, ela conseguiu acordos ou conciliações. Neste ano precisou enfrentar 32 demandas. Em 11 em que foram realizadas audiências conciliatórias, não houve necessidade de reintegração judicial ou uso da força policial para retirada dos ocupantes.
Horário de verão
Adiado novamente para não comprometer a realização do Enem, o horário de verão começa dia 18 de novembro, cada vez mais sob protestos, agora materializados em projeto de lei do deputado federal Valdir Colatto (MDB-SC) que simplesmente pede sua extinção. Diz que além de não demonstrar mais eficiência na economia de energia, impacta negativamente na saúde das pessoas.
CNH
A Câmara dos Deputados analisa projeto do deputado Ronaldo Benedet (MDB-SC) que permite aos órgãos estaduais de trânsito subdelegar para pessoa física de natureza pública ou privada as atividades relativas a permissão para dirigir, a carteira nacional de habilitação, certificados de registro de veículos e de licenciamento anual. Isso já se faz em SC e na Bahia, onde seus Detrans valem-se de préstimos de terceiros, por meio de credenciamentos de despachantes documentalistas de trânsito, especialmente para a impressão dos documentos de registro e entrega aos usuários.
Gosto discutível
Gosto se discute, sim. E o quadro atual da música brasileira popular é lastimável. Um mau gosto nunca visto. Pois a música mais tocada nas rádios do país em setembro foi “Notificação perfeita”, da dupla Zé Neto e Cristiano. Depois vem outra duas chatices em segundo e terceiro: “Coração infectado”, de Maiara e Maraisa e “Quem pegou, pegou”, de Henrique e Juliano.
Cerveja
Estudo do Sebrae-SC de 2017 e agora divulgado, que traçou um perfil do mercado cervejeiro no Estado, revela a existência de 78 estabelecimentos cadastrados e que SC está em segundo lugar em densidade cervejeira (89.758 habitantes por estabelecimento).
Turismo em alta
A taxa de ocupação dos hotéis e pousadas da Grande Florianópolis teve incremento de 14,96% no mês de setembro, frente ao mesmo período do ano passado. Na opinião de Estanislau Bresolin, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da região (SHRBS), o resultado é fruto do bom tempo, do feriado de 7 de setembro ter caído em uma sexta-feira e da retomada econômica, apesar de mais lenta que o esperado.
Liberdade abusada
A Rede TV! terá que pagar R$ 20 mil por danos morais a uma mulher de Florianópolis que abordada numa praia por humoristas do infame programa Pânico na TV, disse que não queria participar do quadro “Vô, num vô”. Mas tempos depois foi surpreendida por pessoas do seu ciclo social que a reconheceram nas gravações, exibidas em um contexto desrespeitoso e com insinuações de natureza sexual.
Idosos na universidade
As instituições federais de educação superior poderão ter de reservar para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos 20% das vagas não preenchidas pelo processo seletivo em cada curso, caso o projeto de lei 9941/18 seja aprovado pela Câmara dos Deputados e sancionado pelo presidente Michel Temer. O projeto já foi aprovado pelo Senado. O que espanta é saber que pelo último Censo da Educação Superior, de 2014, existiam cerca de 150 mil vagas ociosas nas redes federal e estaduais de ensino superior.
Sem anuidade
Vem muito barulho por aí. Uma sugestão popular em análise no Senado propõe acabar com a anuidade obrigatória paga aos conselhos profissionais. A justificativa de seu autor, o brasiliense Renato de Freitas, é que os conselhos regionais cobram valores abusivos aos profissionais, que dependem do registro neles para exercer seu ofício.