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Aos 19 anos, estudante de Direito do Águas Negras é o vereador mais jovem eleito na história de Botuverá

Kaiky Forster foi o oitavo mais votado no pleito do último dia 6

Aos 19 anos, Kaiky Forster, estudante de Direito, é o vereador mais jovem eleito na história de Botuverá. Ele foi o oitavo mais votado nas eleições do último dia 6, com 186 votos (4,51% do total válido).

Kaiky é morador do bairro Águas Negras e, além de cursar Direito na Unifebe, trabalha no setor administrativo da Irmãos Assini, empresa na qual ingressou há quatro anos.

A decisão de se candidatar não veio de uma hora para outra. Ele tem envolvimento grande na política e também vem de uma família de políticos. Seu avô, Lindanor Rescaroli, foi vereador duas vezes e a avó, Marcia Jacinto Rescaroli, é a atual presidente da Câmara de Vereadores de Botuverá – ela não concorreu à reeleição.

“Desde pequeno tive interesse e surgiu a oportunidade. Senti que era a hora certa e me candidatei. O partido foi muito acolhedor comigo, me apoiou quando coloquei meu nome à disposição, acreditou na minha capacidade e que eu tinha desenvoltura para isso e também tive total apoio da minha família”, conta Kaiky, que é filiado ao MDB desde metade do ano passado.

Durante a campanha, Kaiky admite que algumas pessoas desconfiaram de sua capacidade por ser tão jovem, mas, ao mesmo tempo, recebeu muito apoio.

“A campanha foi uma caixinha de surpresas. Conheci muita gente, fiz amigos durante a campanha e tive uma certa dificuldade em alguns lugares e algumas casas porque as pessoas acreditavam que eu era muito jovem, que eu não teria capacidade por causa disso. Ao mesmo tempo, muitas pessoas reconheceram meu potencial e acreditavam que eu seria um ótimo vereador”, relata.

A realização

No dia da apuração, Kaiky viveu uma montanha-russa, já que, inicialmente, os primeiros resultados não foram muito auspiciosos.

“Primeiro senti a sensação de perder a eleição. Quando foi aberta a urna do meu bairro, vi que tinha feito uma votação boa, mas não o que eu tinha em mente. Vimos o resultado de uma outra urna, e a votação foi pequena, então achei que não ia conseguir a quantidade de votos que eu precisava para chegar lá. Fui para casa, disseram que o partido tinha poucos votos, que ia ser difícil conseguir quatro vereadores e eu tinha aceitado a derrota. Comecei a parabenizar os eleitos e agradecer quem me ajudou”, lembra.

No fim, porém, o MDB acabou fazendo a maior bancada da Câmara, com cinco vereadores – o PP, partido do prefeito eleito, Victor Wietcowsky, elegeu quatro.

“Olhei o site do TSE e eu aparecia como o oitavo mais votado. Comecei a receber mensagens me parabenizando, mas eu dizia que não tinha me elegido porque achei que o partido não tinha conseguido todas as cadeiras. Liguei para o Mário Tachini, secretário dos vereadores de Botuverá, para confirmar e ele confirmou. Aí foi uma euforia, porque melhor que chegar ao céu é passar pelo inferno primeiro”.

A eleição foi fruto de um trabalho coletivo, ele reconhece, agradecendo sua família e também à população do seu bairro. “Eu tinha fé e confiança que ia me eleger, mas sabia que ia ser difícil”.

Kaiky pretende conciliar as responsabilidades de vereador com seu trabalho atual e também a faculdade.

“Minha vida sempre vem mudando e agora será mais uma mudança. Nunca fui obrigado a me candidatar, me candidatei por escolha e agora preciso assumir a responsabilidade. Vou ter que conciliar a faculdade, o trabalho na empresa e os compromissos como vereador. Será complicado, mas estou disposto para isso. Acho que precisamos pensar em ideias voltadas para a inovação no município. Essa será uma das minhas prioridades, assim como conversar com as pessoas nos bairros e ouvir a população”.


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