Aos 40 anos, moradora de Guabiruba engravida dois meses depois de interromper o anticoncepcional
Pequena Olívia nasceu prematura, mas Luana não teve receio em nenhum momento
Por Eliz Haacke
eliz@omunicipio.com.br
Sem ter a certeza de que queria ser mãe e em um relacionamento em que não se sentia confortável para ter um filho, Luana Bertoldi só bateu o martelo sobre a maternidade perto dos 40 anos. Ela optou por outras prioridades como ter um carro e a casa própria, além de conseguir um bom emprego e a estabilidade financeira e emocional.
Ela estava em um relacionamento há 4 anos com, agora marido, José Antonio Schumacher Junior, quando eles tiveram a conversa sobre os filhos. A estabilidade do novo relacionamento, além de todo amor e carinho envolvido, foi a motivação para Luana tentar a gravidez.
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Em menos de dois meses Luana estava grávida da Olivia. “Foi um susto. Eu achei que por ter 40 anos e por ter tomado anticoncepcional há tanto tempo isso iria demorar. Eu até imaginava que se não engravidasse até os 41 anos eu não ia querer mais, ia pensar em adotar pois não me sentiria segura. Não só a questão da idade, mas é o corpo, mente e a paciência”, explica.
Para ter a confirmação, ela também passou no laboratório a caminho do trabalho para fazer o exame de sangue. O resultado ficava pronto às 14h, mas a ansiedade fez Luana atualizar o site do laboratório de cinco em cinco minutos a partir de 12h.
Com a confirmação da gravidez, ela passou no mercado na volta do trabalho e comprou um pacotinho de meias de bebê para dar a notícia ao marido. Juntos eles vibraram com a conquista e só conseguiram segurar o segredo da família por uma semana.
No meio do caminho, José teve um problema no quadril e precisou passar por uma cirurgia para colocar uma prótese. Ela precisou assumir a gestão do restaurante da família. “De manhã eu fazia parte de compras e atendimento de caixa até as 14h e depois eu ia para o meu emprego, onde atuo como gerente financeira, trabalhava até 20h e tinha que vir para casa cuidar dele e trocar o curativo, além de arrumar as coisas da casa. Foi bem corrido e estressante”.
José também teve uma infecção e precisou ficar internado em um hospital de Blumenau. Grávida, Luana precisou se virar nos 30 para dar conta de tudo sozinha, mas, infelizmente, não conseguia visitar o marido todos os dias no hospital devido à rotina corrida.
No domingo, pouco depois do almoço, a bolsa dela estourou. Apesar do nascimento ser prematuro, Luana não teve medo em nenhum momento pois sabia que tudo daria certo.
Ela ainda precisou finalizar as malas antes de ir para o hospital. “Eu tenho pavor de hospital, sempre preferi ficar em casa tomando remédio do que internada no hospital, mas nesse dia eu estava tranquila”.
Por ser prematura, havia risco da Olivia precisar da incubadora. No entanto, a pequena ficou apenas algumas horas em observação e logo no dia seguinte ela já estava no quarto com os pais.
Hoje, com 41 anos, Luana confessa que não se arrepende de ter esperado para tomar a decisão, pois se sente madura e entende que precisava ter o companheiro certo ao lado dela para dar esse grande passo.
“Nasce um filho e nasce uma mãe. Não se preocupe se você será uma boa mãe ou se depois dos 40 anos você terá disposição ou se será tarde. Nunca é tarde para ser mãe. É transformador, algo inexplicável. Cada dia é uma conquista diferente”, revela.
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