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Aos 53 anos, Sociedade Recreativa Banda Musical busca retomar projetos em São João Batista

Fundado com a intenção de manter uma banda de música, clube passou por diversas mudanças ao longo dos anos

Com 53 anos de história, a Sociedade Recreativa Banda Musical é o primeiro clube fundado em São João Batista. Criada em 20 de janeiro de 1966, a sociedade tinha como finalidade manter uma banda de música, cultivar a arte musical e proporcionar aos associados e ao público, sempre que possível, momentos de prazer, por meio de retretas, tocatas e outras execuções.

A primeira sede foi construída na rua Getúlio Vargas. O local, atualmente possui um centro comercial, mas ainda é conhecido como Banda Velha.

A primeira diretoria, que teve como presidente Tomaz Caetano Rita Filho tinha como missão a formação da banda de música, compra de instrumentos, contratação de um maestro e a construção da sede social com 437 metros quadrados.

Na primeira formação, a banda de música contava com 40 músicos e 15 aprendizes. A diretoria ainda se destacou ao realizar o primeiro baile de carnaval da sociedade. Na época, a animação ficou por conta dos músicos da corporação musical.

Em 1975, a Sociedade Banda Musical realizou o primeiro carnaval de rua e adquiriu um carro alegórico para o desfile.

Ao assumir novamente a presidência, em 1982, Tomaz Caetano Rita Filho e toda a diretoria, tiveram como foco mudar totalmente os rumos da sociedade, que estava em fase de decadência.

Arquivo Pessoal

Os diretores entendiam que a imagem do clube estava muito desgastada, e para que voltasse a ocupar o espaço da sede precisaria de uma reativação da sociedade com grandes promoções sociais, assim como da banda de música, com a contratação do maestro Jorge Aquino Tavares, e a aquisição de instrumentos musicais.

Foi então que a diretoria iniciou a sondagem de um terreno para a construção da nova sede social, a qual se transformaria na Sociedade Recreativa Banda Musical, a maior do Vale do Rio Tijucas.

Em abril de 1984 foi iniciado o grande projeto programado em 1982, onde ocorreu o lançamento da pedra fundamental da nova sede, com a presença do cantor Belchior.
Mesmo ainda em construção, em 1986 foi realizado o primeiro baile na nova sede social, que festejou o aniversário da sociedade.

Arquivo Pessoal

Nova filosofia da banda de música

Após diversas mudanças na diretoria, em abril de 1988, a sociedade passou por novas reestruturações, como o início da realização da 1ª gincana Unijovem. O maestro Jorge Aquino Tavares foi recontratado para voltar a dirigir a banda de música, que passou a ter uma nova filosofia, sendo então uma grande escola de música.

Mas em 1989, a banda passou a ter como maestro responsável, Fábio dos Santos Schlosser. Eram 25 músicos e dez aprendizes, que já se apresentavam desde 1985 em festivais de bandas, festas civis e religiosas.

Nova sede

Em 15 de setembro de 1990, foi realizado o baile de inauguração da nova sede da sociedade, onde existe até hoje. Na época, o clube contava com 734 sócios patrimoniais.

A banda de música ainda estava ativa, e a sociedade possuía em seu patrimônio, duas sedes sociais, sendo a antiga, na rua Getúlio Vargas, e a atual, na rodovia SC-410, no bairro Carmelo. Foi nesta época também que foi ativada uma escola de teatro no clube.

Em 2002 a sociedade deu mais um grande passo na história com a inauguração da sede aquática.

Nilton José Pereira, foi presidente da sociedade por 20 anos. Ele participou de vários momentos importantes do clube, como a inauguração do complexo aquático e a escola de teatro.

Foi em sua gestão também que foi realizada uma grande reforma na sede social, a construção do boliche (hoje desativado), campo suíço, cancha de bocha, quadra de tênis e quiosque.

“Foram momentos muito bons, mas o que sempre dificultou dar passos maiores é a falta de participação dos sócios nas atividades do clube e também a questão financeira”, comenta o ex-presidente.

Arquivo Pessoal

Melhores bailes da região

A Sociedade Recreativa Banda Musical é marcada pela realização dos melhores bailes de carnavais e bailes do Havaí. “Teve bailes que colocamos mais de três mil pessoas dentro da sede, mas com o tempo foi decaindo, fomos perdendo os patrocínios, especialmente do município, e sem os incentivos se tornou difícil a realização”, comenta Nilton.

Geutrudes Fontes, a Tudinha, é a funcionária mais antiga da sociedade, com 25 anos de profissão. Ela lembra também das grandes realizações do clube. “O que mais me marcou foram os carnavais. Era um evento trabalhoso, mas compensador, que envolvia toda a cidade. Assim como os bailes do Havaí que eram muito esperados”, diz.

Estande de tiro

O ex-presidente Nilton precisou se afastar do cargo no ano passado, após passar por uma cirurgia na coluna. Desde então, o vice-presidente Ademir de Souza assumiu a função interinamente, até a realização da nova eleição, que deve ocorrer em março.

Antes de deixar a presidência, Nilton conseguiu deixar encaminhado a construção de um estande de tiro, aos fundos da sede social do clube. Atualmente, o espaço está em fase de legalização para poder ser inaugurado.

Atualmente, o clube conta com cerca de 300 sócios entre patrimoniais e contribuintes. Para se manter em funcionamento, além da mensalidade dos sócios, o clube conta também com os aluguéis dos espaços para eventos.

Arquivo Pessoal

Reativação da banda de música

Apesar de não ter mais intenção de voltar para a presidência do clube, Nilton José Pereira afirma ter uma grande paixão pela sociedade. Por isso, ele pretende, assim que estiver melhor de saúde, ingressar no conselho fiscal, para então formar uma nova banda de música.

“Mas tudo isso dependerá também de parcerias com a prefeitura, porque será necessário a contratação de um maestro”, comenta.