Aos 7 anos, brusquense é campeã estadual de velocross e deve partir para competições nacionais
Valentina Barg conheceu o esporte pelo pai, que é piloto, e pegou gosto pela adrenalina sobre duas rodas
Valentina Barg conheceu o esporte pelo pai, que é piloto, e pegou gosto pela adrenalina sobre duas rodas
Com apenas 7 anos, a brusquense Valentina Barg foi campeã catarinense de velocross na categoria 50 cc, em etapa disputada em Blumenau neste sábado, 9. Mesmo tão jovem, a garota tem contato com o esporte em duas rodas durante a maior parte da sua vida. E, já em 2024, ela e a família já imaginam a disputa de competições nacionais.
Seu gosto pela motocicleta tem origem na influência do pai, Fabiano, que é piloto. Desde bebê, Valentina acompanhava o pai nas competições. Com 1 ano, já ganhou sua primeira bicicleta. Aos 2, ganhou uma moto. A paixão pelos veículos de duas rodas foi passada de pai para filha.
“Ela foi pegando o gosto pela adrenalina e pelo clima de competições. Sempre foi uma criança muito ativa e muito competitiva, até nas brincadeiras do dia a dia”, comenta Fabiano.
Em 2020, com a pandemia, as competições foram interrompidas. Fabiano, que disputava diversas corridas, foi diminuindo o ritmo. “Pensei: ‘vou começar a treinar a Valentina’. Falei com ela, e ela topou na hora! Isso com ela tendo cinco anos!”
Valentina treinou por cerca de cinco meses até participar de sua primeira prova, em Canelinha. Foi o bastante para se apaixonar de vez pelo motocross e pelo velocross. A diferença entre as duas modalidades é que o velocross não possui saltos e elevações como o motocross.
“Depois daquela prova, ela nunca mais parou. Acabei parando de competir para acompanhar e dar todo suporte necessário para ela”, relata o pai.
No Catarinense de Velocross, Valentina competiu em uma categoria para crianças de 5 a 9 anos. Só mais tarde existe a divisão entre categorias masculina e feminina. As motos são feitas especificamente para crianças, sem marchas. São utilizados equipamentos como capacete, óculos, protetos cervical, botas e joelheira.
Ela faz exercícios de condicionamento físico duas vezes por semana. Os treinos técnicos são aplicados pelo pai, três vezes por semana. A mãe é nutricionista e organiza a alimentação da filha para que se mantenha saudável e apta para as competições.
Em 2021, Valentina participou de provas esporádicas, para ir ganhando experiência. Em 2022, já participou do Catarinense de motocross, ficando com o quarto lugar ao fim da temporada. Na Copa Canelinha de Velocross, foi vice-campeã.
Este ano foi o primeiro em que Valentina completou competições. Não só foi a primeira menina campeã catarinense de velocross, mas está perto de ser tornar campeã de motocross. Faltam duas etapas: Uma em Indaial, em 21 e 22 de outubro; e outra em Capinzal, em 11 e 12 de novembro. A brusquense é a atual líder da competição.
Ainda em 2023, Valentina participou de duas etapas do Campeonato Brasileiro de Motocross. Foi 11ª colocada em Sorocaba (SP) e figurou no pódio da etapa de Ibiruba (RS) com a quarta posição. O próximo passo no desenvolvimento da menina no esporte é participar de todas as etapas do Brasileiro em 2024. Mesmo nesta idade, a garota já tem patrocínios: TXR Racing Wear, Pro Racing Brusque, TBT Racing, Sucatas Barg e Durag Racing.
“Hoje apoiamos ela em suas decisões e em seus sonhos. Apesar da pouca idade, Valentina planeja metas a serem alcançadas. No próximo ano, quer participar do Campeonato Brasileiro de Motocross. Esperamos que, além de títulos, o esporte ensine a ela sobre amizade, trabalho em equipe, respeito e aceitar as derrotas, dedicação e disciplina”, finaliza Fabiano.
Baiana teve sua carteira assinada pela primeira vez em Brusque aos 34 anos: