Aparentemente, restrições de bancos só valem para gente honesta

Como pode Um correntista precisou ir cinco vezes a uma agência do Banco do Brasil em Florianópolis para conseguir abrir uma conta pessoa jurídica e ouviu do gerente um monte de restrições e indicações de procedimentos para realizar operações financeiras. Até para efetuar saques existem condições. Na volta para casa ficou se perguntando se isso […]

Como pode
Um correntista precisou ir cinco vezes a uma agência do Banco do Brasil em Florianópolis para conseguir abrir uma conta pessoa jurídica e ouviu do gerente um monte de restrições e indicações de procedimentos para realizar operações financeiras. Até para efetuar saques existem condições. Na volta para casa ficou se perguntando se isso tudo é adotado pelo sistema financeiro como é que tantos e tantos bilhões oriundos de corrupção conseguem ser sacados em dinheiro vivo sem que haja um mísero alerta dos órgãos controladores? Vai ver que as restrições só valem para gente honesta.

Eleições na Udesc
Ao contrário do que foi o processo na UFSC, nitidamente ideológico e esquerdista, a eleição, dia 16 de outubro, para a reitoria da Universidade do Estado (Udesc) é praticamente apartidária. De aposição à atual administração comparece Emerson César de Campos, professor do Departamento de História do Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed), em Florianópolis, concorrendo com Dilmar Barreta, professor do Departamento de Zootecnia do Centro de Educação Superior do Oeste, em Chapecó, que tem uma plataforma descolada da atual gestão, porém não crítica à ela. A diferença de processos sucessórios recentes é que não há vice-reitores entre candidatos.

Excluído
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado faz nesta terça-feira audiência pública para debater o programa Future-se, nova proposta do governo para o ensino superior. Na extensa lista de convidados há reitores de várias universidades federais. Não está lá Ubaldo Balthazar, da UFSC, que esnobou o programa.

Indicação geográfica
A Epagri entrega hoje os documentos de delimitação das Indicações Geográficas (IGs) do mel de melato da bracatinga, dos vinhos de altitude e da maçã Fuji da região de São Joaquim. A certificação garante que um produto só tem aquelas propriedades porque sua produção é influenciada por características ambientais ou culturais da própria região. SC já tem as IGs Vales da Uva Goethe e Banana Corupá. As do Queijo Artesanal Serrano e a da Erva-mate do Planalto Norte estão em avaliação no INPI.

E saber que…
Para a IG dos Vinhos de Altitude de SC a Epagri delimitou 23,2% da área do estado, onde a altitude é superior a 900 metros. São 41 propriedades, espalhadas por 32 municípios. E saber que nosso Ministério Publico queria – mas o TJ-SC impediu que a monstruosidade fosse adiante – que fossem restritivas e até impedidas várias atividades agrícolas e produtivas em áreas do estado com altitude acima de 400 metros. Se houvesse um concurso, teria tudo para ser a ação mais delirante e tresloucada dos últimos anos. A propósito, é de se perguntar: em qual concurso tais procuradores e promotores foram aprovados?

Irrealidade
Enquanto os poderes Executivo e Legislativo federal e estaduais lidam com necessários cortes de verbas, não só um descarado procurador mineiro veio a público dizer que seu salário líquido de R$ 24 mil (desmascarado que foi, provou-se que ganha R$ 35,5 mil), é um “miserê”, como o Tribunal de Justiça de São Paulo ousa anunciar, sem constrangimento nenhum, a construção de um prédio orçado em R$ 1,2 bilhão. Certamente um palácio de cristal, como lhe soe.

Rebaixamento
O catarinense nunca esteve tão desestimulado como torcedor de futebol como agora. A verdade é que são mínimas as chances de Chapecoense e Avaí permaneceram na Série A e Criciúma e Figueirense na B. Na história do futebol brasileiro de qualquer estado não consta que quatro de seus times foram rebaixados na mesma temporada em competição nacional. A marca em comum nos quatro, com pequenas variações: o péssimo comando de seus cartolas.

Comportamento
Finalmente, alguém do lado do professor. O senador Jorginho Mello (PL-SC) relatou projeto de lei que agora vai para plenário para que passem a fazer parte da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, regras de segurança escolar, como controle de entrada e saída e a obrigação de acionar os serviços de segurança pública caso um ex-aluno ou ex-funcionário da escola apresente sinais de comportamento que recomendem acompanhamento especial.

Barulho
Nada mais inconveniente e antiecológico por parte das empresas que atendem condomínios no quesito de manutenção e limpeza. Os funcionários se armam de máquinas portáveis movidas a óleo diesel que emite jatos de vento e um barulho acima da média para varrer áreas como pátios e áreas comuns. Por que não usar as velhas e boas vassouras, silenciosas e ecológicas? Além do mais funcionam como excelente exercício.