Apesar da crise causada pela greve, governo não fala em corte de gastos e privilégios
Apesar da crise causada pela greve, governo não fala em corte de gastos e privilégios
- Por Raul Sartori
- 29/05/2018
- 4:50
Discurso enganador
Ouve-se agora o velho discurso do governo dizendo que para ceder às reivindicações dos caminhoneiros é preciso ter uma fonte de onde tirar os recursos, que seria o aumento de impostos, evidentemente. O espantoso é que o mesmo governo não fala em cortar despesas possíveis, dentre elas os privilégios de seus funcionários, como o vai-pra-lá-e-pra-cá de jatos da FAB levando ministros, como se fossem passear na praça mais próxima. Porque também não reduzir despesas dos obesos e ineficientes Judiciário e Legislativo, eliminando seus odiosos privilégios, no âmbito federal, estadual e municipal? Essa greve poderá gerar efeitos muito positivos, como uma boa limpeza, em todos os sentidos, de tudo que há de sujo e ruim neste país.
Segurança
A comissão mista que analisa a Medida Provisória 821/18 volta a se reunir hoje no Congresso Nacional para continuar a análise do parecer do relator, senador Dário Berger (MDB-SC). O colegiado tem até o dia 6 de junho para aprovar o relatório. Em seguida a matéria será examinada pelos plenários da Câmara e do Senado. Berger fez algumas alterações no texto encaminhado pelo governo. Uma delas foi suprimir o termo “Extraordinário” do nome da nova pasta. A ideia é afastar qualquer dúvida sobre o caráter definitivo do ministério.
Único
O pré-candidato ao governo do Estado pelo MDB, o deputado federal Mauro Mariani, manifestou-se sobre a greve dos caminhoneiros, que para ele é resultado da revolta da sociedade diante da alta carga tributária: “Carga para sustentar uma máquina pública inchada, ineficiente, que não entrega resultados para a população”. Corretíssimo.
Universidade da hipocrisia
A UFSC, que agora, e tardiamente, através de seu pomposo Observatório da Mobilidade Urbana, tem projeto de pesquisa que propõe melhorias para o transporte coletivo na região metropolitana de Florianópolis, é a mesma que por décadas, e por motivos ideológicos (a mofada incompatibilidade entre socialismo e capitalismo) impediu a mais que necessária ampliação das pistas, junto ao seu campus, da rua Deputado Edu Vieira. É a mesma universidade que não em ciclofaixa nem faixa de pedestre em suas vias internas. Mas há imensos espaços de estacionamento.
Beleza natural
A linda atriz catarinense Bruna Linzmeyer, que tem sido assunto constante por namorar uma mulher, é agora assunto de mais uma polêmica. Em ensaio fotográfico publicado no Instagram ela mostra pelos pubianos e nas axilas. Dividiu opiniões. Muitos elogiaram sua beleza, enquanto outros a criticaram por ser adepta da beleza natural, digamos assim.
Caixa preta
Escreveu-se aqui, há dias, que a Secretaria de Estado da Fazenda não divulga informações sobre beneficiários de renúncias de receita, garantida por lei federal. Semana passada a Comissão de Assuntos Econômicos do Congresso Nacional aprovou projeto de lei complementar do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que autoriza a divulgação. Agora só falta aprovação pelo plenário.
GNV
A Associação Catarinense dos Organismos de Inspeção (ACOI) registra um acrescimento de 20% na procura por conversão e manutenção nos carros movidos por GNV deste a última quarta-feira em SC. A procura é reflexo da paralisação nacional dos caminhoneiros. A entidade garante que atualmente a utilização do GNV é três vezes mais econômica do que o combustível líquido (gasolina).
Caju “suíço”
Conta o blogueiro Ancelmo Goes que o ex-craque Paulo Cézar Caju, que mora na Ilha de SC, não é só crítico ferrenho do técnico da Seleção, Tite, como tem dito que na estreia do Brasil, dia 17 de junho, na Copa da Rússia, contra a Suíça, vai assistir o jogo pela TV, vestindo a camisa do país que inventou o canivete de várias utilidades.
Compliance
A parceria entre o deputado estadual Gabriel Ribeiro (PSD) e o promotor Samuel Naspolini, coordenador do Centro de Moralidade Administrativa do Ministério Público de SC, resultou em projeto de lei, apresentado na Assembleia Legislativa, que institui um conjunto de normas éticas e de combate à corrupção na administração pública estadual. A isso se chama “compliance”, termo de origem inglesa que significa o alinhamento e o comprometimento do agente com os atos públicos. Tomara que dê certo.